Criações de Thó Simões em exposição no Camões
Dez telas de acrílico, uma instalação e a apresentação artística da tradição do povo congolês integram a exposição individual do artista plástico Thó Simões intitulada “Congolândia - Multiversos em Desencanto”, inaugurada na quinta-feira, no Camões - Centro Cultural Português, em Luanda, e que fica patente até 4 de Outubro.
Nesta primeira mostra no Camões, o artista plástico reafirma o seu perfil multidisciplinar e abrangente.
A exposição reflecte a evolução de Thó Simões nos últimos cinco anos e explora as influências do grafitti.
Para criar a exposição, Thó Simões foi buscar inspiração, segundo o próprio, a linguagens artísticas, que têm subjacentes uma forte consciência e crítica social como o grafitti, que interfere e ocupa o espaço urbano, generalizado na década de 70 do século XX, mas cuja génese remonta aos primórdios da civilização.
O artista explicou que a performance, na sua dimensão vanguardista, breve e acessível, quaisquer que sejam os meios utilizados, marca o seu percurso artístico, preenchendo a sua necessidade interior de pesquisa e estudo da arte conceptual, tendo acrescentado que, numa dimensão global, tem nas raízes angolanas e africanas a sua principal fonte de inspiração e tema de investigação.
“Pinto, faço colagens, crio arte urbana e digital, performance, instalações, cinema e fotografia, e ainda considero-me simplesmente um artista”, disse Thó Simões.
A directora do Centro Cultural Português, Teresa Mateus, assinalou que “Congolândia” marca a estreia de Thó Simões naquele espaço, pelo que espera que seja a primeira de outras propostas inovadoras, neste tempo em que as novas tecnologias permitem a circulação à velocidade da luz de expressões artísticas, como a performance evocada pelo artista no seu trabalho.
Thó Simões nasceu em 1973, na província de Malanje. Pinta, faz colagens, cria arte urbana e digital, performance, instalações, filmes e fotografias.