Zebras são adversários talismãs dos Palancas
Quando se fala em Campeonato Africano das Nações (CAN) vem logo à mente a primeira participação de Angola numa fase final, em 1996, na África do Sul. Mas a caminhada até lá não foi fácil, uma vez que os Palancas Negras calharam no grupo (6) bastante competitivo, onde pontificavam as selecções da Namíbia, Guiné Conacri, Mali, Moçambique e Botswana.
Este último será o adversário da selecção nacional no próximo domingo, em desafio também qualificativo para a fase final desta principal prova futebolística do continente africano, que Camarões acolhe em 2019.
Na rota à África do Sul, a confirmação da primeira presença deu-se precisamente frente aos tswaneses, a 30 de Julho de 1995, quando o combinado nacional, às ordens de Carlos Alhinho, inflingiu uma goleada de 40, no Estádio da Cidadela, na última jornada do grupo, carimbando assim o “passaporte”. Joni, por duas vezes, Rosário e Paulão marcaram os golos dos angolanos.
Antes, na primeira volta, em Janeiro do mesmo ano, o onze nacional foi a Gaberone superar o adversário por 21, com “bis” de Paulão. Angola terminou o grupo em primeiro, com 14 pontos, os mesmos dos irmãos do Índico (Moçambique).
Talvez seja este um tónico para uma possível vitória dos Palancas Negras no jogo de amanhã, no Estádio 11 de Novembro, de forma a começar a traçar um melhor caminho para o evento nos Camarões, apesar de ter averbado uma derrota, 1-3, na ronda inaugural, frente ao Burkina Faso.
O Botswana até não tem sido um oponente de grandes dificuldades, com base no histórico dos confrontos entre si, embora tenha ganho o último duelo, por 2-1, em Maio deste ano, para a Taça Cosafa.
Dos 11 jogos já disputados, Angola venceu cinco, um deles na marcação de grandes penalidades, após o empate a um golo, e o seu adversário apenas dois, um também por penaltie, depois do 00 no tempo regulamentar. Registaram-se ainda quatro empates.
O histórico dos confrontos directos entre Palancas Negras e Zebras data de 30 de Setembro de 1984, num amistoso, alusivo aos 17 anos da independência do Botswana.
Na presença do Presidente Quett Masira, no Estádio Nacional de Gaberone, os angolanos superiorizaramse, ao triunfarem por 3-1, com tentos de Tandu, Maluka e Ndunguidi. Nesta partida, Angola, sob a orientação do jugoslavo Petar Knerzevic, saiu com Luís, Tony, Lourenço, Garcia, Tandu, Fusso, Afonso, Sarmento, Ndunguidi, Vicy (Nelito Kwanza) e Maluka.
Depois das partidas de apuramento ao CAN’1996, as duas selecções voltaram a defrontar-se apenas em 2004, na Taça Cosafa. 1-1 foi o resultado no tempo regulamentar, mas nos penaltis a sorte sorriu a Angola (54). Em 2005, fizeram dois jogos amigáveis seguidos, 9 e 10 de Agosto, com o mesmo resultado (0-0).
Já em 2007, os dois conjuntos voltaram a medir forças na Cosafa, com os twaneses a saírem mais felizes, ao vencerem aos penaltis, por 3-1, após nulo. Antes do último jogo deste ano na Cosafa, realizaram três partidas amistosas: em 2013, vitória de Angola, por 2-0. Depois dois empates, 0-0, em 2014, e 11, em 2016.
Angola e Botswana, sem qualquer ponto, jogam domingo, no Estádio 11 de Novembro, na partida referente à segunda jornada do grupo I qualificativo ao CAN’2019. Um dia antes, defrontam-se os líderes da série Burkina Faso e Mauritânia, com três pontos cada.
Os Palancas Negras procuram a oitava presença na fase final do CAN, depois do África do Sul (1996), Burkina Faso (1998), Egipto (2006), Ghana (2008), Angola (2010), Gabão e Guiné Equatorial (2012) e África do Sul (2013)