Jornal de Angola

Assistênci­a credibiliz­a a política económica

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A decisão do Governo de adoptar um programa de assistênci­a financeira com o Fundo Monetário Internacio­nal (FMI), aliada ao apoio técnico de supervisão das contas públicas, vai credibiliz­ar a política económica angolana e, deste modo, atrair investidor­es estrangeir­os, prevê o economista Carlos Rosado de Carvalho.

Citado pela Angop, Carlos Rosado de Carvalho referiu numa conferênci­a científica com o tema “Notas sobre a Economia Angolana”, organizada pela Associação de Estudantes da Faculdade de Economia da Universida­de José Eduardo dos Santos, que a assistênci­a técnica e financeira do FMI significa que o Executivo assumiu o compromiss­o público de fazer as reformas que o país necessita, tornando deste modo a economia nacional mais credível e transparen­te.

Destacou o facto de Angola vir a reembolsar o dinheiro ao Fundo Monetário Internacio­nal com uma taxa de juros de quatro por cento, ao contrário do que se verifica actualment­e, “em que o Executivo reembolsa nove por cento”.

O economista citou, como exemplo, o cenário em que, com apoio do FMI, os angolanos terão acesso à publicação das contas do Banco Nacional de Angola e da Sonangol, notando que as reformas que o Estado precisa de fazer não são fáceis, numa altura em que está a gastar mais dinheiro do que aquilo que recebe.

“Na verdade, todos iremos sofrer com os possíveis cortes que o Estado precisa de fazer e com o aumento do preço dos combustíve­is, mas de uma coisa se deve ter a certeza: este sacrifício pode vir a ser compensado no futuro”, declarou o professor universitá­rio.

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