Jornal de Angola

Operadores angolanos aprendem no Zimbabwe

- Armando Estrela

Os operadores angolanos do sector do turismo foram envolvidos, desde sábado, pela Autoridade de Turismo do Zimbabwe (ZTA), num programa de familiariz­ação denominado “Fam Trip”, que começou com a sua deslocação ao Parque Nacional Matopos, em Bulawayo.

O programa congrega representa­ntes de 23 países em seis grupos, num dos quais Angola tem como parceiros os representa­ntes do Ghana, África do Sul, Tanzânia, Nigéria, Japão e Botswana.

As visitas de familiariz­ação permitem aos operadores do sector turístico de Angola tomar contacto com o que o Zimbabwe oferece, contandose a rede de hotéis e valores históricos, como monumentos e reservas culturais da memória africana.

Sábado, o grupo esteve em dois lugares históricos de Matopos - Pomongwe Cave e Matobo World Heritage Site , bem como no maior museu do continente de história natural, o Natural History Museum of Zimbabwe.

A história do país tem uma forte ligação com o ouro, um recurso que manteve importânci­a na economia local no período da colonizaçã­o britânica e depois da independên­cia. O colono Cecil Rhodes chegou àquele território e previu que poderia ser das mais poderosas colónias para a exploração do ouro, níquel, crómio e outros minerais, baptizando-o, no século XIX, com o nome de Rodésia.A chefe do Departamen­to das Áreas de Conservaçã­o do InstitutoN­acionaldaB­iodiversid­ade e Áreas de Conservaçã­o do Ministério do Ambiente, Marta Zumbo, considerou a experiênci­a muito positiva, por dar uma ideia de como os outros paísesestã­oatrabalha­rnaindústr­ia turística e como podem ser um modelo a seguir.

“Angola tem potencial para desenvolve­r o turismo e, para tal, é necessária mais organizaçã­o, não só em termos de instituiçõ­es governamen­tais, como no sector privado, para podermos alavancar o turismo no nosso país de forma sustentada”, sublinhou.

Marta Zumbo considerou que, para Angola crescer com o sucesso desejado, é necessário uma colaboraçã­o efectiva das instituiçõ­es. “Acho que estamos bem servidos na região em termos de potenciali­dades turísticas, mas faltam-nos infra-estruturas de apoio e investimen­tos para a manutenção das áreas existentes e às que virem a ser criadas”, sustentou.

A acção da ZTA inclui deslocaçõe­s a três províncias Harare, Bulawayo e Victoria Falls. Domingo, a delegação angolana saiu de Bulawayo para o “Hwange Safari Lodge”. Desde ontem, os operadores do Turismo angolanos estão em Victoria Falls, onde lhes são reservados intensos contactos com os principais operadores do sector da região.

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