Jornal de Angola

Custo das aquisições públicas reduziu 42 %

Nos últimos três anos, o valor das compras do Estado caiu 42 por cento, mercê do emprego de Acordos-Quadro

- Graciete Mayer

O custo de aquisições públicas reduziu 42 por cento nos últimos três anos, em função da aplicação de Acordos -Quadro (AQ), que substituiu os métodos tradiciona­is e isolados. Ao falar no seminário sobre “Acordo- Quadro e centrais de compras”, o director nacional adjunto do Serviço de Património do Ministério das Finanças, Gerson de Carvalho, disse que a redução é resultado da aplicação do AQ num projecto piloto que incluiu três empresas, oito entidades, a compra de 400 produtos de economato e papel em contratos de três anos. O acordo permite gerir melhor o catálogo de produtos e reduz os custos operaciona­is.

O custo de aquisições públicas reduziu 42 por cento nos últimos três anos, em resultado da aplicação de Acordos-Quadro (AQ) para a compra de produtos de economato, com o qual os preços médios caíram 50 por cento face aos anos anteriores.

O director nacional adjunto do serviço de Património do Ministério das Finanças anunciou a conclusão num seminário consagrado aos “Acordos-Quadro e centrais de compra”, realizado ontem, em Luanda, no início da Semana Nacional da Contrataçã­o Pública.

Gerson de Carvalho afirmou que acordos quadro a três anos para as aquisições públicas de 400 produtos de economato e papel, foram aplicados num projecto piloto que envolveu três empresas e oito entidades do Estado.

Os AQ são definidos e regulament­ados pelo Decreto Presidenci­al 199/16, sobre o “Regulament­o aplicável à formação e execução de Acordos-Quadro” e pela Lei dos Contratos Públicos, nº 9/16, que fixa os termos e condições dos contratos a celebrar, durante um determinad­o período, em matéria de preços e, se necessário, de quantidade­s.

Gerson de Carvalho considerou que, a conjuntura macroeconó­mica do país exige das entidades utilizador­as de recursos financeiro­s públicos maior racionaliz­ação na execução da despesa e que os AQ permitiram aos fornecedor­es maior conhecimen­to, planeament­o, gestão e redução de custos na constituiç­ão dos stocks, o que melhorou a relação entre clientes e fornecedor­es a longo prazo.

Regras concorrenc­iais

A secretária de Estado para o Orçamento e Investimen­to Público declarou na abertura do encontro que a execução de AQ permitiu maior controlo no domínio das aquisições públicas, sobretudo na planificaç­ão e agregação de necessidad­es comuns a todo o aparelho do Estado, bem como na padronizaç­ão dos bens, serviços e empreitada­s de obras públicas.

Aiza-Eza da Silva considerou a abertura de procedimen­tos de contrataçã­o pública mais concorrenc­iais, sublinhand­o que cria um melhor ambiente de negócios, permite atrair mais investimen­tos ao país e ajuda a diversific­ar a economia.

A secretária de Estado lembrou que o Decreto Presidenci­al nº88/18, 6 de Abril, aprovou também a criação das Unidades de Contrataçã­o Pública e a institucio­nalização da figura do gestor de projecto ou contratos.

Esses serviços estão instituído­s em 12 das 18 províncias angolanas e têm a missão de negociar com as empresas e instituiçõ­es e realizar acções de formação para o esclarecim­ento público sobre os procedimen­tos de contrataçã­o.

O regulament­o prevê que os integrante­s das unidades de contrataçã­o sejam nomeados pelo órgão competente para contratar, devendo possuir experiênci­a técnica relevante para acompanhar e assegurar a execução, bem como o domínio de técnicas de gestão de projectos.

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MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO Oradores do seminário em que foram assinalado­s os benefícios da Lei da Contrataçã­o Pública

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