País reafirma envolvimento na paz e segurança de África
Salviano Sequeira destaca esforços para a criação de pressupostos sólidos para o desenvolvimento sustentável
O ministro da Defesa Nacional reafirmou ontem, no Lubango, o envolvimento de Angola na promoção da paz e da segurança no continente africano, tendo em atenção o actual cenário global marcado por crises económicas, tensões políticas, preocupantes conflitos armados, terrorismo e criminalidade internacional organizada.
Salviano Sequeira “Kianda”, que falava na abertura da 20ª Reunião da Comissão Mista de Defesa e Segurança Angola-Namíbia, afirmou que o país continua a envidar esforços políticos e diplomáticos para que no continente, sejam criados pressupostos sólidos para um desenvolvimento sustentável, maior aproximação entre Estados vizinhos e a reafirmação dos laços existentes entre os povos, visando a prossecução dos interesses comuns.
Relativamente à situação política da região, em particular no Lesotho, na Republica Democrática do Congo (RDC) e Zimbabwe, o ministro afirmou que Angola tem feito acompanhamento e análises casuísticas e realistas dos fenómenos políticos decorrentes dos processos em curso nesses países, cooperando com a comunidade internacional interessada no estabelecimento da paz social e do desenvolvimento económico em toda a região.
Ao falar particularmente sobre o Lesotho, Salviano Sequeira "Kianda" disse que Angola aprecia os esforços que o Governo e todas as partes interessadas têm vindo a empreender para a implementação das decisões da SADC sobre a necessidade de reformas constitucionais, parlamentares, judiciais e do sector de Segurança, em prol da completa estabilização política do país. “É com esse sentimento que um contingente militar e policial angolano se encontra destacado naquele país, para ajudar no esforço político e diplomático da nossa comunidade.”
Sobre a RDC, frisou Salviano Sequeira "Kianda", as autoridades de Luanda continuam a defender a ideia de que, para responder de forma positiva à situação política e de segurança no país vizinho, deve-se agir em conjunto e em respeito às disposições da SADC, da União Africana e das Nações Unidas que convergem na necessidade do cumprimento dos acordos de 31 de Dezembro de 2016, livremente assumidos pelos principais actores políticos congoleses.
Nesta perspectiva, o general Salviano Sequeira “Kianda”, que co-preside à Comissão Mista de Defesa e Segurança Angola-Namíbia, apelou a todos os intervenientes no processo de regularização da situação política na RDC para que continuem empenhados em garantir um ambiente propício para a realização de eleições pacíficas e credíveis, superando as diferenças e construindo pontos de convergência que privilegiem a paz, a segurança, a estabilidade e a reconciliação nacional.
Combate ao tráfico de seres
A imigração ilegal, o tráfico de drogas e de seres humanos, a caça furtiva, o contrabando e o roubo de gado e de viaturas, são os principais assuntos em discussão na 20.ª Reunião da Comissão Mista de Defesa e Segurança Angola-Namíbia.
Para o combate destes males que afligem as populações dos dois países, Salviano Sequeira defendeu que se continuar a incrementar e a dinamizar a troca de informações e o patrulhamento conjunto, a fim de inibir aqueles que enveredam por tais práticas e que atentam contra a paz social e o bem-estar dos povos dos dois países.
Salviano Sequeira "Kianda" disse ser imperioso o trabalho conjunto na partilha de informações, conhecimentos e experiencias, para que os dois países estejam em condições de fazer face às ameaças que pairam sobre a sua segurança.
Consolidação dos laços
O ministro da Defesa da Namíbia, Penda ya Ndacolo, também é de opinião que a 20ª Reunião de Defesa e Segurança Angola-Namíbia vai permitir aprofundar e consolidar os laços de amizade e a boa vizinhança entre os dois povos.
O também co-presidente da Comissão Mista da Defesa e Segurança Angola-Namíbia disse que o seu país aprecia o nível de cooperação existente entre as Forças de Defesa e Segurança dos dois países. O governante garantiu que a Namíbia vai continuar a participar nas acções militares e humanitárias conjuntas e outros exercícios bilaterais no âmbito da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral.
A imigração ilegal, o tráfico de drogas e de seres humanos, a caça furtiva, o contrabando e o roubo de gado e de viaturas são os principais assuntos em discussão