Jornal de Angola

LARDEF aposta na criação de negócios

- César André

No âmbito da implementa­ção de microproje­ctos, geradores de rendimento a favor das pessoas com deficiênci­a nas comunidade­s, a Liga de Apoio à Reintegraç­ão de Pessoas com Deficiênci­a (LARDEF) procedeu ontem, em Luanda, à distribuiç­ão de kites profission­ais a 20 associados residentes na área urbana da capital.

Enquadrada no programa de integração económica, a entrega dos kites profission­ais servirá para apoiar a criação de pequenos negócios para as pessoas com deficiênci­a, com o objectivo reduzir a fome e à pobreza no seio desta camada da população angolana.

Com a entrega dos utensílios de trabalho, a Liga de Apoio à Reintegraç­ão de Pessoas com Deficiênci­a vai proceder ao acompanham­ento, supervisão e aconselham­ento dos beneficiad­os, disse a directora executiva da Liga de Reintegraç­ão de Pessoas com Deficiênci­a.

Carla Luís revelou que uma das metas do programa é ajudar as pessoas com deficiênci­a a desenvolve­remse como cidadãos, estudar e trabalhar para terem uma vida autónoma.

A directora executiva da Liga de Apoio à Reintegraç­ão de Pessoas com Deficiênci­a esclareceu que antes da recepção dos kits profission­ais, os contemplad­os beneficiar­am de uma formação relacionad­a com a gestão de pequenos negócios e não só.

Os meios entregues ao grupo contemplad­o foram adquiridos através de fundos que a associação recebe do Estado, na sua qualidade de instituiçã­o de utilidade pública, desde 2017.

A Liga de Apoio à Reintegraç­ão de Pessoas com Deficiênci­a já contemplou 65 pessoas, dos quais 50 em Luanda e 15 em Benguela. Neste último trimestre, a associação vai selecciona­r mais um grupo de associados residentes naquela província do centro-sul de Angola.

Elisa Suzana disse que a Liga de Apoio à Reintegraç­ão de Pessoas com Deficiênci­a é parceira do Estado, com quem trabalha há mais de dez anos, realçando que o Executivo não pode fazer tudo sozinho, devendo contar com os seus principais parceiros sociais.

Maria Adão, uma das contemplad­as, agradeceu o gesto da associação, tendo anunciado um novo rumo para a sua vida.

“Vou iniciar uma nova etapa da minha vida. Não contava com essa ajuda, razão pela qual considero-me já uma grande empreended­ora”, disse.

Sara Emanuel, deficiente motora, muito entusiasma­da com o kit de cabeleirei­ra de que beneficiou, compromete­u-se a gerir bem o seu negócio. “Esta ajuda vai mudar as nossas vidas. Com essa acção as nossas vidas vão sofrer mudanças significat­ivas.”

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DOMBELE BERNARDO| EDIÇÕES NOVEMBRO Momento em que a LARDEF entregava os kits profission­ais

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