RECLUSOS RECEBEM ASSISTÊNCIA JURÍDICA
Pelo menos, 400 reclusos do Estabelecimento Penitenciário do Cuito, província do Bié, estão a beneficiar, desde segundafeira, 10, de atendimento psicológico, jurídico e médico. Enquadrada na abertura da II jornada científica de apoio à população penal, a prestação dos referidos serviços conta com os préstimos de juristas, psicólogos e médicos, bem como de estudantes finalistas do curso de Psicologia Clínica do Instituto Superior Politécnico do Bié. Os reclusos vão poder contar com a participação de advogados, magistrados judiciais e do Ministério Público para assistência e patrocínio jurídico, com vista a ajudar na solução de alguns constrangimentos que se confrontam vários processos e esclarecer a sua actual situação do ponto de vista legal. O director provincial dos Serviços Penitenciários do Bié, subcomissário, Pascoal Borges, defendeu a contínua existência destes serviços a nível da população penal. O responsável entende que uma pessoa privada de liberdade precisa de manter-se em harmonia e cumprir a sua pena sem perturbação quer de fórum mental quer de saúde física. Para o subcomissário Pascoal Borges um cidadão em situação carcerária pode com alguma facilidade reinserir-se na sociedade desde que tenha beneficiado destes serviços de importância social. O director dos Serviços Penitenciários do Bié, realçou que o trabalho dos especialistas terá uma duração de 10 dias, devendo avaliar os reclusos de acordo com as suas áreas de actuação.
O especialista em Psicologia Clínica, Domingos Tomás, disse que ouviu das reclusas o sentimento de culpa e arrependimento pelo acto que levou à prisão e falam que quando lhes for restituída a liberdade, ter uma conduta aceitável. No Bié, a população penal é de 840 entre detidos e condenados e destes, 640 estão no Estabelecimento Penitenciário do Cuito, o que tem causado sobrelotação.