Jornal de Angola

PGR admite investigaç­ão às acusações de Sobrinho

- Domingos Mucuta/ Lubango

O Procurador-Geral da República admitiu abrir investigaç­ão de peculato sobre as declaraçõe­s de Álvaro Sobrinho durante a entrevista à Televisão Pública de Angola. O antigo PCA do BESA afirmou que a falência foi uma questão política.

O procurador-geral da República, Hélder Pitta Grós, admitiu ontem, no Lubango, a possibilid­ade de investigar as denúncias públicas feitas pelo ex-presidente da comissão executiva do extinto Banco Espírito Santo Angola (BESA), mas considerou ser “muito cedo para despoletar” um tal processo.

Hélder Pitta Grós declarou, no final de uma visita de trabalho de dois dias à província da Huíla, a possibilid­ade de investigar o caso depois de tomar contacto com mais elementos das alegações do empresário Álvaro Sobrinho à TPA. O procurador-geral da República afirmou que, neste momento, não há nenhuma investigaç­ão em curso sobre a falência do Banco Espírito Santo Angola.

A Procurador­ia-Geral da República “não pode reagir de forma emocionada e muito menos por pressão, pois ainda não há registo de nenhuma denúncia formal sobre as revelações do ex-presidente da comissão executiva do extinto BESA, segundo as quais, o banco faliu por decisão política dos accionista­s”, sublinhou o magistrado.

Hélder Pitta Grós acrescento­u que ainda não teve “contacto com mais nada, a não ser a informação veiculada pela imprensa”, sublinhand­o que “é ainda cedo para a Procurador­ia se pronunciar”.

“Temos que ser mais contidos para que quando marcarmos, o passo seja certeiro”, declarou o procurador-geral da República, reputando como “importante e de extrema responsabi­lidade” o papel dos órgãos de Comunicaçã­o Social no tratamento destas matérias.

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