Militares terminam preparação para receber “gigante” africano
Adjunto de Zoran Macki realça bom momento competitivo do 1º de Agosto como argumento para travar o poderio do vice-campeão do Congo Democrático
A respirar confiança no crescimento competitivo do plantel, o 1º de Agosto termina esta manhã, no Estádio França Ndalu, a preparação do jogo frente ao TP Mazembe, amanhã às 17h00, no Estádio Nacional 11 de Novembro, referente à primeira “mão” dos quartos-de-final da Liga dos Clubes Campeões Africanos de futebol.
O corpo técnico dos militares do Rio Seco, liderado pelo sérvio Zoran Macki, privilegia, na única sessão do dia, a consolidação dos aspectos tácticos do jogo, sempre com o foco na limitação do adversário, cuja matriz assenta na pressão alta e contacto físico, para as saídas rápidas em acções ofensivas, de modo a tirar proveito do desposicionamento da defesa contrária, sobretudo após a perda da bola no ataque.
A componente táctica da preparação dos tri-campeões angolanos, quer nos exercícios em espaço reduzido, quer na simulação de acções de campo grande, com posse de bola, para projecção do ataque, tem revelado cautelas quanto à capacidade de reacção e reajustamento defensivo, de modo a evitar que o último reduto fique exposto a um eventual contra-ataque.
Aliás, a coesão defensiva destaca-se como o traço caracterizador do 1º de Agosto moldado por Macki, ao sofrer 4 golos, em seis jogos na fase de grupos, quando no recémterminado Girabola passou com o notável registo de 8 tentos consentidos, num total de 28 jornadas.
Para tal, tem pesado o entrosamento entre o “capitão” Dani Masunguna e Bobó, central de elevada estampa física e apurado sentido de antecipação, como os pilares da muralha protectora da baliza à guarda de Tony Cabaça, o activo mais antigo do balneário rubro e negro.
Nos corredores laterais, a aposta tem sido, na ausência de Natael, lesionado de longa duração, num rodízio. Na esquerda, Paizo surge como primeira escolha, escoltado por Guelor, um dos factores de equilíbrio e coesão da equipa, apesar de incompreendido e malamado pelos adeptos, que esperavam dele o registo ofensivo de goleador publicitado ao serviço do ASA.
Para o corredor direito, as tarefas são confiadas aos experientes Isaac e Mingo Bile, que alternam a titularidade, mediante as características do opositor e do nível de exigência do desafio, enquanto no meio campo, a chamada “casa das máquinas”, é determinante o desempenho de Show e Mário, dois achados da formação do clube, coordenados pelo nigeriano Ibukun, o farol da equipa no lançamento ataque.
No último terço, para o assalto à defesa contrária, Geraldo surge aberto como extremo puro, com a tarefa de alimentar a vertigem ofensiva, numa estrutura integrada por Mongo, agitador das acções pelo corredor central, ao passo que Jacques, sem posicionamento fixo, deambula entre a área e a meia-lua, para finalizar.
Confiança na equipa
Numa altura em que o clima na tribo do futebol parece agitado, nomeadamente depois da chegada do TP Mazembe, com muitos adeptos do arqui-rival Petro de Luanda a tomar partido pelos forasteiros, nos discursos, em nome de uma pretensa rivalidade sem tréguas, Ivo Traça, treinador-adjunto, tranquiliza a "nação agostina".
“O grupo está a trabalhar bem e muito motivado. Vamos jogar com um adversário forte e muito poderoso em África. Mas, nós 1º de Agosto também estamos a atravessar um bom momento desportivo. Jogar com o TP Mazembe dá ainda mais motivação aos jogadores”, garantiu.
A força do historial do adversário é, segundo o técnico, apenas um motivo de respeito e valorização, por isso está longe de intimidar: “É verdade que é uma equipa forte, mas não é imbatível. O 1º de Agosto também é forte e está bem. Temos de mandar. Lutar para ganhar esse jogo. Fazer tudo para não defraudar o país. Neste momento já não estão a ver só o 1º de Agosto. Sei que os nossos miúdos vão fazer um bom jogo”.
Nos corredores laterais, a aposta tem sido, na ausência de Natael, lesionado de longa duração, num rodízio. Na esquerda, Paizo surge como primeira escolha, escoltado por Guelor