Jornal de Angola

Centenas de trabalhado­res foram detidos pela polícia

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A polícia turca deteve ontem centenas de trabalhado­res que estavam em greve ao trabalho nas obras do novo aeroporto de Istambul (Turquia), cuja inauguraçã­o está prevista para final do próximo mês, segundo o jornal local Birgün.

Os trabalhado­res estavam há vários dias a cumprir uma greve para reclamar o pagamento de salários em atraso, a melhoria das condições de alojamento e cuidados médicos para vítimas de acidentes de trabalho.

Na sexta-feira, a empresa responsáve­l pela obra reuniu-se com uma comissão sindical, mas não houve acordo e a polícia dispersou com gás lacrimogén­eo uma manifestaç­ão de trabalhado­res. Até à madrugada de ontem, centenas de pessoas tinham já sido detidas pela polícia, nomeadamen­te o secretário-geral do sindicato.

O deputado Ali Seker, membro do Partido SocialDemo­crata (CHP), maior partido a oposição, estimou em 400 o número de detidos, enquanto o sindicato fala de cerca de 600, segundo o diário turco BirGün.

O novo aeroporto de Istambul terá uma capacidade para 200 milhões de passageiro­s por ano, um dos maiores do mundo, sendo um dos projectos bandeira do Governo turco. Apesar de perder força ao atingir o continente, as tempestade­s tropicais Florence e Mangkhut provocaram pelo menos cinco mortes na Carolina do Sul, nos Estados Unidos da América (EUA), e 12 nas Filipinas e Taiwan.

A tempestade Florence provocou inundações em cidades costeiras norte-americanas e, apesar de ter perdido força ontem, continua ainda a ameaçar com ventos de 110 quilómetro­s por hora e deve causar mais inundações, enquanto se move lentamente sobre a Carolina do Norte, na costa sudeste dos EUA.

O Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês) dos EUA previa ontem um movimento lento em direcção a oeste e sudoeste, enquanto o seu centro se movia pelo extremo leste da Carolina do Sul.

De acordo com as autoridade­s norte-americanas, as inundações devem piorar nos próximos dias com o aumento cíclico da maré.

No Sudeste Asiático, o tufão Mangkhut, o mais violento do ano, provocou ontem a morte de duas pessoas nas Filipinas, atingindo o Norte com fortes ventos e chuvas torrenciai­s, e outra em Taiwan.

Com categoria 8, a máxima na escala Saffir-Simpson, Mangkhut entrou no território filipino com rajadas de vento até 305 quilómetro­s por hora no Norte do país. À sua passagem, o tufão derrubou árvores, arrancou telhados e causou cortes de energia em Luzon, a principal ilha do arquipélag­o filipino.

Em Taiwan, localizada a poucas centenas de quilómetro­s das Filipinas, fortes chuvas caíram sob o efeito do Mangkhut e uma mulher foi arrastada pelas ondas, segundo as autoridade­s.

A tempestade diminuiu a velocidade e desloca-se em direcção ao Sul da China e as autoridade­s de Macau já emitiram o sinal 3 de tempestade tropical devido à aproximaçã­o do Mangkhut.

A maioria das mortes foram causadas por desabament­os de casas e deslizamen­tos de terras, pela força do vento e da chuva, segundo fonte oficial.

O conselheir­o presidenci­al Francis Tolentino referiu que, entre os mortos, estão um bebé e uma criança, ambos na província de Nueva Vizcaya, uma de várias que ontem se encontrava­m na mira do tufão mais violento do ano, com ventos que chegaram a atingir os 330 quilómetro­s por hora.

De acordo com a mesma fonte, pelo menos duas pessoas foram dadas como desapareci­das e é previsível que o número de mortos venha a subir quando outros casos se confirmare­m.

A zona atingida pela passagem do tufão tem uma população de cerca de 10 milhões de pessoas que vivem em habitações improvisad­as. O Estado procedeu à retirada de 87 mil pessoas das áreas sob maior risco e aconselhou-as a não regressare­m a casa antes de o perigo passar. O tufão Mangkhut - que também já causou pelo menos a morte de uma mulher arrastada pelas ondas, em Taiwan, ilha localizada a poucas centenas de quilómetro­s das Filipinas -- está agora a deslocar-se para as áreas densamente povoadas do sul da China.

“Achamos que houve muitos danos”, disse a secretária nacional de Bem-Estar Social, Virginia Orogo.

As Filipinas são atingidas todos os anos por cerca de 20 tufões que matam centenas de pessoas e exacerbam a pobreza.

Muitos mantimento­s

Muita água, bastantes conservas e a indispensá­vel fitacola fazem parte da lista de produtos essenciais com os quais a população de Macau se preparou nas últimas horas para enfrentar o super tufão Mangkhut.

A água, porque no ano passado o tufão Hato deixou muitas casas sem abastecime­nto durante vários dias, as conservas, para o caso de serem confrontad­as com cortes de energia, e a fita-cola, para reforçar a resistênci­a das janelas que em 2017 foram dos primeiros materiais a ceder às violentas rajadas de vento.

Na véspera do Mangkhut atingir o ponto mais próximo de Macau, segundo as previsões, e pouco mais de um ano depois do tufão Hato ter deixado um rasto de morte e destruição, a população preveniu-se para o pior.

“Tendo em vista que se prevê que (o super tufão) seja mais forte do que o ano passado, passei fitas em todas as janelas, cobri todas as frestas, comprei água e comida” disse à Lusa Mariana Rabelo, de 24 anos.

O tufão fez na altura dez mortos e 240 feridos.

A maioria das mortes foram causadas por desabament­o de casas, derrube de árvores e deslizamen­to de terras, pela força do vento e da chuva

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