Trump acusa China de tentar influenciar as eleições
O Presidente norte-americano, Donald Trump, acusou ontem a China de tentar influenciar as eleições nos Estados Unidos, depois de Pequim ter anunciado “represálias” pelas novas tarifas aduaneiras impostas por Washington na segunda-feira.
“A China indicou abertamente que está a tentar activamente influenciar e distorcer as nossas eleições, atacando os nossos agricultores, criadores e operários porque me são leais”, escreveu Donald Trump na sua conta na rede social Twitter.
Na segunda-feira, Donald Trump anunciou que os EUA vão impor tarifas alfandegárias a mais importações de bens provenientes da China, avaliadas em 200 mil milhões de dólares (171 mil milhões de euros) a partir da próxima semana.
“As taxas aduaneiras entrarão em vigor a 24 de Setembro e vão ser de dez por cento até ao final do ano. A 1 de Janeiro vão ser aumentadas para 25 por cento”, adianta o comunicado.
Os direitos aduaneiros impostos em Julho e Agosto às importações chinesas ascendem a 50 mil milhões de dólares.
A acusação de Trump ocorre menos de uma semana depois da assinatura de um decreto pelo Presidente norte-americano a determinar a aplicação de sanções aos estrangeiros suspeitos de influenciar as eleições norteamericanos.
A menos de dois meses das eleições intercalares de Novembro nos Estados Unidos, responsáveis norteamericanos indicaram ter registado tentativas de ingerência por parte da Rússia, mas também da China e de outros países.
A China prometeu ontem “represálias” em relação às novas tarifas, considerando “incerta” a retoma de negociações com Washington.
“A China aproveitou-se dos Estados Unidos na área comercial durante vários anos, eles sabem que sou aquele que sabe como parar isso”, reforçou Donald Trump num segundo “tweet”.