BNA garante autonomia aos bancos comerciais
A partir de 1 de Outubro, o Banco Nacional de Angola (BNA) deixa de proceder a vendas directas de divisas, sendo que as solicitações de compra de moeda estrangeira devem voltar a ser unicamente apresentadas a instituições financeiras autorizadas a exercer o comércio de câmbios.
Num comunicado divulgado ontem, o BNA afirma que, no exercício das suas responsabilidades de supervisor e de autoridade cambial, trabalhará junto das instituições financeiras para que esta transição seja bem-sucedida e ocorra sem quaisquer impactos negativos na actividade económica do país.
O BNA continuará ainda a transmitir ao mercado as orientações que se mostrem necessárias e a proceder aos acertos que o contexto macroeconómico recomendar para garantir o normal funcionamento do mercado cambial. No comunicado, o BNA garante ter retomado, recentemente, a venda de moeda estrangeira nos leilões de divisas sem indicação específica das operações ou importadores para os quais os fundos devem ser vendidos pelos bancos comerciais. A medida ocorre no âmbito da normalização do funcionamento do mercado cambial. O sistema ajustado de vendas directas, segundo o comunicado, permitiu ao BNA obter um entendimento mais preciso da metodologia necessária para a protecção das reservas internacionais e emitir regulamentação e orientações aos bancos comerciais adaptadas a esse objectivo.
O BNA assegurou também, com esse sistema, a alocação imparcial das divisas no pagamento dos atrasados e a atenuação das percepções negativas dos clientes sobre os critérios de selecção dos beneficiários aplicados pelos bancos comerciais. “Após este período de maior intervenção, estando o mercado cambial melhor regulamentado e havendo maior regularidade na oferta de moeda estrangeira, o BNA entende estarem criadas as condições para devolver aos bancos comerciais autonomia na alocação de moeda estrangeira aos seus clientes.