Olímpio Cipriano agita o mercado
O mercado do basquetebol volta a estar em frenesim por conta de um nome: Olímpio Cipriano, extremo de 1,92 metros, 36 anos, que passou a ser um jogador livre após a extinção, esta semana, de modo oficial, da equipa sénior masculina do Sport Libolo e Benfica, clube com que tinha vínculo até à próxima época.
Apesar de estar um pouco distante do fulgor demonstrado em anos idos, o internacional angolano continua a ser, certamente, um activo apetecível para algumas equipas do topo da bola ao cesto doméstica.
Petro de Luanda, Interclube e ASA podem ser o destino, não excluindo a possibilidade de o 1º de Agosto, clube responsável pela explosão na sua carreira, depois de o ter contratado ao Sporting de Luanda, entrar também nas contas, embora seja menos provável, em função da transferência deste, em 2008, para a formação do Recreativo do Libolo (já extinta), ter sido marcada por alguma polémica.
Interessado em saber se algum dos clubes fez alguma aproximação ao jogador, o Jornal de Angola efectuou contactos para ouvir os dirigentes das agremiações desportivas supracitadas, assim como o atleta, mas não obteve sucesso.
O portador da camisola 4, quer nos clubes como na Selecção Nacional, distingue-se por ser um jogador de qualidades singulares, cujo estilo de jogo é marcado
pela simplicidade combinada com movimentos de puro espectáculo, apenas ao alcance dos mais dotados.
Demasiado evoluído tecnicamente, quiçá o mais dotado dos atletas angolanos em exibição, Olímpio fez jus a essa condição em 2017, no último de três títulos do Campeonato Nacional, ganhos pelo Recreativo do Libolo.
Após vitória por 4-0, nos "play-offs" da final a melhor de sete partidas, o extremo além do troféu de Jogador Mais Valioso( MVP) da prova, conquistou ainda as taças atribuídas aos melhores marcadores de lances livres e triplista.
Estreado na Selecção Nacional sénior em 2005, em Argel, Argélia, no Campeonato Africano das Nações, tal como Carlos Morais, Eduardo Mingas e Armando Costa, Cipriano ergueu com estes os troféus do referido ano, e os de 2007, 2009 e 2013.
Em 2007 foi o melhor marcador, lançador de lances livres e recuperador. No primeiro título do Libolo, em 2012, foi o melhor jogador, melhor marcador, melhor nos lances livres e na marcação dos dois pontos. Ao serviço do 1º de Agosto ganhou mais de dois campeonatos nacionais, assim como Taças de Angola e Supertaças.
Olímpio Cipriano testou, em 2007, saído de Angola com o rótulo de melhor jogador, nos Detroit Pistons da NBA, a Liga Profissional de basquetebol mais mediática do Mundo. Milton Barros e Roberto Fortes, internacionais angolanos também são jogadores livres para definir o futuro.