Países da UE desejam novo referendo do “brexit”
O primeiro-ministro de Malta, Joseph Muscat, disse ontem que há uma opinião “quase unânime” entre os líderes da União Europeia de que gostariam que o Reino Unido realizasse um segundo referendo sobre o “brexit”.
Em declarações ao programa Today da BBC Radio 4, Muscat sublinhou que qualquer acordo de saída que seja alcançado entre Londres e Bruxelas será “menos bom” do que a permanência do Reino Unido na UE.
“Existe actualmente uma opinião unânime ou quase unânime em torno da mesa (de negociações) de que gostaríamos que acontecesse algo quase impossível, que o Reino Unido fizesse outro referendo”, disse o político trabalhista.
Muscat admitiu que desconhece qual seria o resultado desta consulta hipotética, mas ressaltou que os líderes europeus gostariam de ver se “há a possibilidade de o povo britânico colocar as coisas em perspectiva, ver o que foi negociado, ver as opções e, em seguida, decidir de uma vez por todas.”
Falando no mesmo programa, o primeiro-ministro checo, Andrej Babis, concordou que gostaria de ver outro referendo sobre o “brexit”.
“Esperamos chegar a um acordo (entre o Reino Unido e a UE) mas, basicamente, eu estou muito descontente com a saída do Reino Unido, então, talvez fosse melhor realizar um outro referendo e talvez as pessoas pudessem mudar de opinião”, disse Babis.
O primeiro-ministro checo argumentou que “um segundo referendo iria resolver o problema rapidamente”, mas disse ainda que é possível que Londres e Bruxelas cheguem a um acordo sobre os termos da saída e de uma futura relação bilateral.
Enquanto isso, o chanceler austríaco, Sebastian Kurz, confirmou a organização de uma “cimeira extraordinária” em Novembro, para concluir as negociações sobre os termos da saída do Reino Unido do bloco comunitário.
“Um acordo foi alcançado: efectivamente haverá uma cimeira extraordinária e os Chefes de Estado e de Governo vão apoiar esta decisão”, disse Kurz, que ocupa a presidência rotativa da UE,