Governador apresenta solução para rupturas
O governador de Cabinda, Eugénio Laborinho, defendeu quarta-feira o aumento da capacidade de armazenamento nos reservatórios de combustíveis do Terminal Oceânico de Cabinda (TOC), no Fútila, para se evitar um períodos de escassez.
Construídos desde 1994, os reservatórios têm capacidade para armazenar nove mil metros cúbicos de gasóleo e cinco mil de gasolina, quantidades inferiores ao consumo do parque automóvel e do sector da indústria da província.
Durante uma visita ao campo petrolífero do Malongo e à zona marítima da atracagem do navio tanque Kwanza, Eugénio Laborinho disse ser urgente a construção de novos reservatórios com maiores capacidades que os actuais para corresponder à procura e pôr fim às crises de combustíveis, incluindo do gás butano, que se tem verificado nos últimos meses.
Falando à imprensa, o superintendente da Sonangol Logística em Cabinda, Alfredo Mavungo, atribuiu a escassez “ao mau tempo e ao posicionamento da bóia de atracação em mar aberto”, o que dificultava a atracagem devido às fortes correntes do rio Zaire.
Para ultrapassar tal situação, a petrolífera nacional está a realizar estudos para que, no local, possam atracar navios maiores.
Alfredo Mavungo indicou que a localização da bóia para descarga de combustíveis dista cinco quilómetros da costa, facto que impede à Sonangol operar com navios maiores, devido ao risco de encalhe.
Assegurou estar em curso o projecto para afastar mais a bóia da praia, a fim de garantir e dar segurança aos navios de maior porte, bem como aumentar as capacidades de armazenamento.
O navio tanque Kwanza, que substituiu o Gazela, tem capacidade de cinco mil metros cúbicos de combustíveis nos seus reservatórios e apenas transporta de Luanda para Cabinda três mil metros cúbicos por semana, sendo dois mil de gasóleo e mil de gasolina.