Angola cumpre plano de redução da mortalidade materna e infantil
Secretário de Estado para a área Hospitalar, Altino Matias, pediu ontem maior atenção à assistência médica para que nenhuma mulher morra ao dar à luz
O secretário de Estado da Saúde para a área Hospitalar, Altino Matias, assegurou ontem, em Luanda, que Angola alcançou melhorias nos indicadores relacionados com a redução da mortalidade materna, neonatal e infantil, de acordo com o último inquérito de indicadores múltiplos de saúde, realizado entre 2015 e 2016 pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Falando na abertura da conferência sobre cobertura universal da saúde para o desenvolvimento sustentável, Altino Matias pediu maior atenção à assistência médica para que nenhuma mulher morra ao dar à luz, sobretudo perante problemas evitáveis.
“As nossas crianças devem sobreviver a problemas que, na sua maioria, são de fácil prevenção, diagnóstico e tratamento”, acrescentou.
A conferência, realizada no âmbito de uma parceria entre o Ministério da Saúde e a Academia BAI, conta com os especialistas nacionais e
que durante dois dias discutem o reforço nacional do Sistema Nacional de Saúde, grandes endemias, qualidade de assistência médica, investigação, inovação e expansão do SNS.
Altino Matias disse que um outro sucesso no sector foi a eliminação da poliomielite e o controlo da febre amarela, cujas conquistas foram alcançadas com o envolvimento de todos os sectores, nomeadamente igrejas, parceiros nacionais e estrangeiros e sociedade civil.
Para o secretário de Estado, ainda há muito por se fazer para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e a cobertura universal de saúde.
“O Ministério da Saúde tem uma enorme responsabilidade neste compromisso, uma vez que a saúde é dos mais poderosos factores de justiça, coesão social, bem como de criação de riqueza e desenvolvimento sustentável”, avançou.
Quando falava da Agenda 2030 para o Desenvolvimento sustentável, sublinhou
que a mesma exige de todos uma abordagem mais qualitativa, devendo estar focada em resultados eficazes e coerências entre as várias políticas públicas.
“Ainda enfrentamos constrangimentos relacionados à qualidade dos cuidados de saúde prestados. Temos uma cobertura sanitária ainda insuficiente, um fraco sistema de referência, recursos humanos escassos do ponto de vista quantitativos e qualitativos e uma distribuição não equitativa nas zonas rurais e suburbanas”, admitiu o secretário de Estado de Saúde.
Altino Matias afirmou que o Ministério da Saúde está consciente quanto à necessidade de alcançar a cobertura universal e construir progressivamente do Sistema Nacional de Saúde, pautada em princípios orientadores de eficiência, equidade e eficácia, no sentido de proporcionar a qualidade na prestação de serviços essenciais.
Apontou algumas áreas importantes de investimento, designadamente a construção de um sistema de saúde exiestrangeiros,
gente com recursos humanos, infraestruturas, produtos médicos de qualidade, tecnologia de saúde, informação, investigação, inovação e investimento a saúde.
Altino Matias declarouque a actuação do Ministério da Saúde está virada para o controlo de grandes endemias como a tuberculose, a malária e VIH/Sida.
A presidente da Comissão Executiva da Academia BAI, Noelma Viegas D’ Abreu, disse que a saúde é um pilar fundamental e acentuou que os indicadores de desenvolvimento humano registados em Angola estão entre os dos países que mais precisam de trabalhar para melhorar os níveis universais de desenvolvimento sustentável.
Noelma D’Abreu afirmou que o evento constitui oportunidade para dinamizar o intercâmbio entre os técnicos de saúde de todas as instituições do Sistema Nacional de Saúde, identificar e compreender as necessidades de saúde mais urgentes para a população angolana.