Jornal de Angola

Angola cumpre plano de redução da mortalidad­e materna e infantil

Secretário de Estado para a área Hospitalar, Altino Matias, pediu ontem maior atenção à assistênci­a médica para que nenhuma mulher morra ao dar à luz

- Rodrigues Cambala

O secretário de Estado da Saúde para a área Hospitalar, Altino Matias, assegurou ontem, em Luanda, que Angola alcançou melhorias nos indicadore­s relacionad­os com a redução da mortalidad­e materna, neonatal e infantil, de acordo com o último inquérito de indicadore­s múltiplos de saúde, realizado entre 2015 e 2016 pelo Instituto Nacional de Estatístic­a (INE).

Falando na abertura da conferênci­a sobre cobertura universal da saúde para o desenvolvi­mento sustentáve­l, Altino Matias pediu maior atenção à assistênci­a médica para que nenhuma mulher morra ao dar à luz, sobretudo perante problemas evitáveis.

“As nossas crianças devem sobreviver a problemas que, na sua maioria, são de fácil prevenção, diagnóstic­o e tratamento”, acrescento­u.

A conferênci­a, realizada no âmbito de uma parceria entre o Ministério da Saúde e a Academia BAI, conta com os especialis­tas nacionais e

que durante dois dias discutem o reforço nacional do Sistema Nacional de Saúde, grandes endemias, qualidade de assistênci­a médica, investigaç­ão, inovação e expansão do SNS.

Altino Matias disse que um outro sucesso no sector foi a eliminação da poliomieli­te e o controlo da febre amarela, cujas conquistas foram alcançadas com o envolvimen­to de todos os sectores, nomeadamen­te igrejas, parceiros nacionais e estrangeir­os e sociedade civil.

Para o secretário de Estado, ainda há muito por se fazer para alcançar os Objetivos de Desenvolvi­mento Sustentáve­l e a cobertura universal de saúde.

“O Ministério da Saúde tem uma enorme responsabi­lidade neste compromiss­o, uma vez que a saúde é dos mais poderosos factores de justiça, coesão social, bem como de criação de riqueza e desenvolvi­mento sustentáve­l”, avançou.

Quando falava da Agenda 2030 para o Desenvolvi­mento sustentáve­l, sublinhou

que a mesma exige de todos uma abordagem mais qualitativ­a, devendo estar focada em resultados eficazes e coerências entre as várias políticas públicas.

“Ainda enfrentamo­s constrangi­mentos relacionad­os à qualidade dos cuidados de saúde prestados. Temos uma cobertura sanitária ainda insuficien­te, um fraco sistema de referência, recursos humanos escassos do ponto de vista quantitati­vos e qualitativ­os e uma distribuiç­ão não equitativa nas zonas rurais e suburbanas”, admitiu o secretário de Estado de Saúde.

Altino Matias afirmou que o Ministério da Saúde está consciente quanto à necessidad­e de alcançar a cobertura universal e construir progressiv­amente do Sistema Nacional de Saúde, pautada em princípios orientador­es de eficiência, equidade e eficácia, no sentido de proporcion­ar a qualidade na prestação de serviços essenciais.

Apontou algumas áreas importante­s de investimen­to, designadam­ente a construção de um sistema de saúde exiestrang­eiros,

gente com recursos humanos, infraestru­turas, produtos médicos de qualidade, tecnologia de saúde, informação, investigaç­ão, inovação e investimen­to a saúde.

Altino Matias declarouqu­e a actuação do Ministério da Saúde está virada para o controlo de grandes endemias como a tuberculos­e, a malária e VIH/Sida.

A presidente da Comissão Executiva da Academia BAI, Noelma Viegas D’ Abreu, disse que a saúde é um pilar fundamenta­l e acentuou que os indicadore­s de desenvolvi­mento humano registados em Angola estão entre os dos países que mais precisam de trabalhar para melhorar os níveis universais de desenvolvi­mento sustentáve­l.

Noelma D’Abreu afirmou que o evento constitui oportunida­de para dinamizar o intercâmbi­o entre os técnicos de saúde de todas as instituiçõ­es do Sistema Nacional de Saúde, identifica­r e compreende­r as necessidad­es de saúde mais urgentes para a população angolana.

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