Wydad Casablanca tenta inverter resultado em casa
Em desvantagem na eliminatória, após a derrota por 10, o Wydad Athletic Club, campeão africano em título, joga o tudo ou nada frente ao Entente Sétif da Argélia, hoje às 20h00, no Estádio Mohamed V, em Casablanca, para a segunda "mão" dos quartos-de-final da Liga dos Campeões Africanos de futebol.
Apesar do deslize na primeira parte da eliminatória, a formação marroquina parte como favorita, porque actua em casa, pretende inverter o resultado desvantajoso e garantir a presença nas meias-finais.
Frente à equipa argelina, o Wydad de Casablanca joga pressionado, mas tem de ser bastante cauteloso, já que o Entente Sétif não vai seguramente defender o magro resultado do desafio da primeira"mão".
Comparativamente à edição passada, o Entente Sétif está mais reforçado, na ânsia de voltar a erguer o troféu continental, depois dos feitos de1988 e 2014.
Nestas condições, o detentor do troféu tem de puxar dos galões, a fim de ultrapassar o conjunto adversário e sonhar com a terceira conquista, após as proezas de 1992 e 2017. Contas feitas, o Wydad de Casablanca tem de marcar no minímo dois golos e não sofrer nenhum. Com estes ingredientes, espera-se um jogo de nível de exigência máxima e desfecho imprevisível. Numa mescla entre juventude e veterania, o Wydad de Casablanca vale-se pelo colectivo, ao contrário do Entente Sétif que joga em bloco alto, baixo ou médio baixo.
No “dérbi” tunisino, Étoile du Sahel e Esperance de Tunis disputam, às 17h00, no Estádio Olímpico de Sousse, um jogo de elevado grau de dificuldade. Na recepção ao Esperance, o Étoile joga uma cartada decisiva, por força da derrota sofrida por 1-2, no terreno do adversário.
A jogar em casa, o Étoile vai procurar inverter o rumo dos acontecimentos. A partida promete ser intensa do primeiro ao último minuto, atendendo à rivalidade entre as colectividades.
Depois do empate sem golos, o Al Ahly do Egipto recebe o Horoya da Guiné Conacri, às 20h00, no Estádio Internacional do Cairo, com o claro objectivo de vencer. Como anfitriões, os faróis são aparentemente favoritos, mas têm de jogar ao melhor nível para ultrapassar os guineenses. O Al Ahly é o conjunto mais titulado de África, com oito troféus conquistados. Um jogo entre Velhas Glórias do futebol nacional disputase amanhã, às 14h30, no Estádio Municipal dos Coqueiros, em Luanda, para homenagear os ex-técnicos da modalidade, Carlos Queirós e Joka Santinho.
A informação foi avançada, ontem ao Jornal de Angola, pelo Administrador Executivo da empresa International Business Public Relations (IBPR), Mário Correia, que vai homenagear os antigos treinadores do Petro de Luanda e Interclube.
Carlos Queirós e Joka Santinho, duas figuras de referências no Campeonato Nacional de Futebol da I Divisão, Girabola, já passaram pelos Palancas Negras como técnicos assistentes.
As equipas vão ser denominadas “Filhos” de Carlos Queirós e de Joka Santinho, constituídas pelos seus antigos pupilos nos tricolores do Eixo Viário e no conjunto da Polícia Nacional. Nos últimos anos, o primeiro trabalhou com os escalões de formação dos tricolores e o segundo criou a escola de futebol Joka Sport.
Pelos “Filhos” de Carlos Queirós foram seleccionados Carlos Alves, Lutandila, Juca, Bento, Abel Campos, Carlos Pedro, Saavedra, Mané Vieira Dias, Nejó, Teófilo, Santo António, Quim Sebas, Ralph, Pedro Ferro, Panzo, Amaral Aleixo, Mateus Lúcio, irmãos Bravo da Rosa, Luís Cazengue, Escurinho, Isidro, Paulo da Nocal, Tomé Gago, Gazeta, Jorge Plácido, André Macanga, Arsénio, Beto Garcia, Manucho Gonçalves, Mabiná, Chara, Flávio Amado, Renato Campos, Gilberto, Zico, Riquito, To Assis, Toizinho, Cacharamba, Delgado, Bodunha, Lamá, Amaral Aleixo e Malamba.
Nos “Filhos” de Joka Santinho foram convocados Ndungidi Daniel, Zeca Lopes, Manico, Ivo, Mendinho, Paciência, Armando, Cuca, Lourenço Chilombo, Gomes, Quinito, Carlitos, Lourenço, Joaquim Toneno, Capeló, Neto, Tony Estraga, Túbia, Arsénio, Jerry, Humberto Frade, Chia, Minhonha, Mingo, Abílio Amaral, Paulo Victor, Barros da Chela, Hélder Miguel, Tony, Paulão, Miller Gomes, Saúca, Mendonça, Manucho Diniz, , Joãozinho, Dé, Elísio, Minguito, Kumaca, Miloy, Hélder Vicente, Mantorras, Akwá e Cali Alonso. Uma semana depois do empate (0-0), no Estádio 11 de Novembro, TP Mazembe e 1º de Agosto decidem hoje, às 14h00 (Angola), a passagem para as meias-finais da 22ª edição da Liga dos Clubes Campeões Africanos de futebol, com os militares focados nos erros defensivos do adversário.
Cientes do amplo favoritismo do colosso continental, impiedoso a jogar em casa, os militares do Rio Seco apostam na manutenção da matriz que sustentou a presença nos quartos-de-final, assente numa defesa coesa, registo consolidado no Girabola, com a conquista do terceiro título consecutivo, em oposição à perda de força no ataque, pela míngua de golos.
Para agredir o último reduto do vice-campeão do Congo Democrático, detentor de cinco troféus da principal prova de clubes de África, o último dos quais erguido em 2015, o embaixador angolano conta com o regressado Geraldo, indisponível em Luanda, por acumulação de cartões amarelos.
A presença do médio ofensivo dá clareza e critério ao ataque rubro e negro, muito dependente, na primeira “mão”, de incursões esporádicas de Mingo Bile, numa tarde de pouca produção dos criativos Ibukun e Mongo, quando Show e Mário, apesar do apurado nível técnico, foram superados no contacto físico com Kouamé Koffi e Nathan Sinkala, jogadores encorpados, que apoiam os fantasistas Elia Mechak, Michel Mika e Jackson Muleika no municiamento do goleador Ben Malango.
Mas a arrogância competitiva do TP Mazembe, treinado por Patrice Carton, perde força no processo defensivo, dada a falta de agilidade do quarteto formado por Jean Kabsula, Issama Mpeko, Chongo Kabaso e Kevin Mondeko, inconsistência que deixa desprotegido o guarda-redes Sylvain Guelassioguou, quase batido por Ibukun, na sequência de uma perda de bola.
O sucesso do 1º de Agosto, na decisão da eliminatória, tem como receita o reforço da postura combativa de há uma semana, sobretudo na anulação das linhas de passe, tarefa executada com distinção por Guelor, que de “patinho feio” passou à condição de herói, ao evitar o golo do adversário.
O facto de a decisão ter chegado com o marcador em branco a Lubumbashi deixa a equipa de Zoran Maki mais à vontade, visto que a pressão estão do lado dos donos da casa. Além da necessidade de marcar, têm de adoptar cuidados defensivos, porque qualquer empate com golos apura os militares.
União do grupo
O estudo feito ao TP Mazembe, em função do jogo passado, aumentou a confiança do grupo quanto à possibilidade de chegar às meias-finais. Ivo Traça, treinador-adjunto, é peremptório no discurso: “O TP Mazembe é muito forte, mas não é imbatível. Temos total confiança na capacidade mental da nossa equipa. Vamos discutir a eliminatória até ao último minuto. Conforme dissemos, quando ficámos a saber do sorteio, vai vencer quem errar menos”.
O “onze” ensaiado é formado por Tony Cabaça; Anderson Guelor, Dani Masunguna (cap), Bobó e Mingo Bile; Show, Mário, Ibukun, Geraldo e Mongo; Jacques. Estão igualmente disponíveis Julião, Paizo, Isaac, Yisa, Macaia, Buá e Razaq.
O sucesso do 1º de Agosto, na decisão da eliminatória tem como receita o reforço da postura combativa de há uma semana, sobretudo na anulação das linhas de passe