Oposição quer demissão imediata do Governo
Já se faz sentir no interior da Guiné Equatorial os efeitos do escândalo que envolveu há uma semana o Vice-Presidente, Teodoro Obiang Mangue, quando as autoridades alfandegárias brasileiras que estavam de serviço no Aeroporto de Campinas, em São Paulo, apreenderam milhões de dólares em dinheiro, além de relógios de luxo cujo valor foi avaliado em 15 milhões de dólares.
No final de uma reunião realizada há dois dias, Andrés Esono, líder do principal partido da oposição, a Convergência para a Democracia Social, considerou que o que se passou no Brasil mostra que “está organizado um sistema de corrupção na Guiné Equatorial.”
Em declarações à imprensa, este responsável considerou que o referido episódio “demonstra que estamos num país onde predomina a corrupção organizada, para sacar as riquezas do Estado.”
Segundo ele, é triste que enquanto a “pobreza se generaliza, há desemprego, famílias que não podem pagar a educação dos filhos, muitos jovens sem futuro, sem emprego, sem escolas, se veja o Vice-Presidente numa situação absolutamente ridícula e condenável.”
O dirigente da CPDS assinalou que “não há nada” na Guiné Equatorial “porque a família do Presidente, no poder há 39 anos, está a saquear o país.”
Para ele, “há um sistema de corrupção que está a dominar o país pelo que, agora, tem que se dissolver o Governo e tem que ser criado um outro de salvação nacional que seja capaz de endireitar a situação e assegurar a transição política até se realizarem eleições .