Governo deve elevar os financiamentos
Angola tem de aumentar o financiamento para melhorar e aumentar a oferta formativa nas instituições de ensino superior e de formação profissional nas áreas da hotelaria e turismo, afirmou esta quintafeira o secretário de Estado para o Ensino Superior. Discursando na sessão de abertura da Feira das Instituições de Ensino e Formação em Hotelaria e Turismo, realizada em Luanda, Eugénio da Silva salientou que os dois sectores são importantes para o desenvolvimento e diversificação da economia em Angola. Como principais desafios, apontou a formação de profissionais com perfil adequado e capazes de um bom desempenho, razão pela qual é necessária uma ligação entre a teoria e a prática durante a formação, como a que começou esta quinta-feira em Luanda, na esteira do Dia Mundial do Turismo, a celebrar a 27 deste mês. Eugénio da Silva defendeu o estabelecimento de parcerias entre as instituições de ensino e de formação profissional com os operadores turísticos e hoteleiros. “Estamos conscientes de que fazemos ainda pouco e temos um caminho longo e difícil a percorrer”, disse. Dados oficiais divulgados a 15 deste mês pelo Governo indicam que as receitas do turismo em Angola, referentes a 2017, renderam ao Estado dez mil milhões de kwanzas, tendo metade desse valor sido atingido já no primeiro semestre deste ano. Segundo o director do Gabinete de Estudos Planeamento e Estatísticas (GEPE) do Ministério da Hotelaria e Turismo, Mário dos Santos, o sector do turismo em Angola representa 3,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). As receitas de 2017 tiveram um decréscimo de dois mil milhões de kwanzas em relação a 2016, quando o sector gerou 12 mil milhões, facto que o director do GEPE atribuiu à “precária situação económica” que o país atravessa. Em 2017, entraram em Angola 260.961 turistas, menos que os 397.485 de 2016, redução que obrigou o Ministério da Hotelaria e Turismo a estabelecer uma agenda com outros parceiros para impedir que o número de entradas continue a retroceder.