Áreas de serviço fechadas por falta de manutenção
A inoperância da ala principal dos dois blocos operatórios e dos dois elevadores utilizados na mobilidade dos pacientes do Hospital Central do Lubango "Dr. António Agostinho Neto" está, desde Junho do corrente ano, a criar transtornos no atendimento dos doentes, ávidos por uma assistência médica condigna.
Os blocos operatórios estão inoperantes em consequência da infiltração de água das chuvas, risco de infecção e equipamentos obsoletos, enquanto a falta de manutenção condigna dos elevadores acelerou a sua danificação.
Para solucionar os casos graves que dão entrada diariamente na unidade sanitária, com sete andares, o corpo clínico improvisou um bloco operatório e, para apoiar o transporte de pacientes, por meio de macas, de um andar para o outro, os familiares optaram por viver no pátio do hospital. Importa realçar que a maioria dos familiares vive em situações que inspiram cuidados, por pernoitarem em locais impróprios, sem balneários, água e higiene.
O governador provincial da Huíla, Luís Nunes, na sua primeira jornada de campo, desde a sua apresentação, no passado dia 12, visitou o Hospital Central, pediatria e maternidade, tendo-se manifestado chocado com o que viu e ouviu nas principais áreas de serviço.
“A constatação feita permitiu-nos definir já as prioridades, que estão relacionadas com a reabilitação e apetrechamento dos dois blocos operatórios, assim como dos elevadores, para que os familiares concentrados nos arredores voltem às suas casas”. Luís Nunes anunciou o encerramento, para breve, da Maternidade Irene Neto, devido à degradação acentuada do imóvel, que, ao invés de solucionar o problema das parturientes e recém-nascidos, pode criar situações menos boas, como infecções e outros males à saúde.