Edição literária falha no Cuanza-Norte
A escassez de recursos financeiros, a ausência de patrocínios e o rigor das editoras angolanas, foram apontados pelo secretário provincial adjunto da Brigada Jovem de Literatura no Cuanza -Norte como factores que impedem a publicação de livros.
Convidado a falar sobre o desenvolvimento literário, no Cuanza -Norte, João Muanza realçou ao Jornal de Angola o facto de existir um número considerável de escritores, principalmente, jovens interessados em publicar livros com alguma regularidade, pretensão que não tem sido possível concretizar por falta de recursos. O escritor disse, que as dificuldades são sentidas com mais intensidade fora de Luanda, adiantou que a ausência de investimentos privados em algumas províncias reflecte-se na falta de patrocínios às iniciativas culturais. “Os reflexos são igualmente sentidos pelos leitores, que acabam por ter poucas opções de leitura, dada a escassez de livros de autores angolanos”, explicou João Muanza. Segundo o responsável, na galeria da BJLA local existe, apenas, um leque de livros de escritores da província do Cuanza-Norte, composto pela antologia poética “Vozes do Kwanza -Norte” de 2009, a 2ª edição do caderno literário “Sonho” de 2011 e “Fogueira Acesa”, lançada em 2014.
Para João Muanza, a produção literária em Angola é boa, mas insuficiente para sustentar a demanda da sociedade, visto que existem poucas editoras, para além da falta de intercâmbio com os outros países, para a instalação de mais editoras em Angola e consequentemente, a redução das taxas de transporte de livros e a diminuição do preço dos mesmos.