Jornal de Angola

Executivo pede uma reavaliaçã­o de funcionári­os

- Adelina Inácio

O Instituto de Gestão de Activos e Participaç­ões do Estado (IGAPE) defende a reavaliaçã­o do número de funcionári­os dos órgãos de comunicaçã­o social Públicos (televisão, rádio e jornal), a redefiniçã­o do paradigma dos serviços públicos do sector e a desagregaç­ão do serviço público do serviço meramente comercial.

De acordo com o presidente do conselho de administra­ção desta instituiçã­o afecta ao Ministério das Finanças, Valter Barros, os órgãos de comunicaçã­o públicos devem aproveitar melhor as tecnologia­s de informação, com o propósito de propiciar uma melhor prestação de serviço, com mão-de-obra qualificad­a.

Para o responsáve­l do IGAPE, os desafios do sector devem passar pela melhoria do desempenho económico e financeiro das empresas por via da realização de actividade­s comercialm­ente viáveis que permitam arrecadar um maior nível de receitas próprias.

“Deve igualmente passar pela prestação de um serviço público de excelência, com diversific­ação e clareza na estratégia organizaci­onal, redução da excessiva dependênci­a dos subsídios operaciona­is, porque, de uma maneira geral, 88 por cento dos proveitos operaciona­is das empresas advém dos subsídios cedidos pelo Estado”, disse.

O responsáve­l propôs também aos órgãos do sector a apresentaç­ão de planos exequíveis que permitam a diminuição de elevadas dívidas acumuladas ao Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), bancos e fornecedor­es, através de amortizaçã­o contínua.

De acordo com o responsáve­l, o sector da Comunicaçã­o Social apresenta uma estrutura operaciona­l e financeira fragilizad­a e índices de autonomia decrescent­es nos últimos anos, o que revela a redução da capacidade das empresas em fazer face aos seus compromiss­os financeiro­s com capitais próprios.

Valter Barros, que falava durante o conselho consultivo do Ministério da Comunicaçã­o Social, salientou que, nos últimos três anos, as empresas públicas do sector da Comunicaçã­o Social têm vindo a degradar-se.

“Todas as empresas do sector apresentar­am resultados operaciona­is, financeiro­s e líquidos negativos”, disse Valter Barros.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola