Guiné-Bissau comemora 45 anos de independência
A Guiné-Bissau tornouse independente há 45 anos e proclamou, de forma unilateral no leste do país, a independência com reconhecimento internacional, nomeadamente, da Organização da Unidade Africana (OUA).
A Guiné-Bissau foi a primeira colónia com a independência reconhecida por Portugal, em Setembro de 1974. O primeiro Governo foi liderado por Luís Cabral, irmão de Amílcar Cabral, pai da Nação Guineense e cabo-verdiano, que tinha sido assassinado no dia 20 de Janeiro em 1973 na Guiné-Conacri.
A efeméride é comemorada também em todos os países de língua oficial portuguesa, por laços históricos, culturais e económicos, e este ano as celebrações ocorrem numa altura em que os principais desafios do país estão virados para a consolidação das estruturas do Estado e para a diversificação da economia, com vista ao desenvolvimento do país.
As eleições legislativas, previstas para 18 de Novembro, vão marcar igualmente a actualidade política e social do país até ao final do ano, bem como 2019, ano da realização das presidenciais.
Depois de sucessivas crises políticas, que praticamente paralisaram o país, a nomeação de um Governo com um primeiro-ministro, Aristides Gomes, de consenso, acalmou a tensão política no país.
O Governo de Aristides Gomes foi nomeado com o principal objectivo de organizar as eleições legislativas, que o Chefe de Estado guineense, José Mário Vaz, marcou para 18 de Novembro, depois de ouvido todos os partidos políticos.
A constante instabilidade e a ausência da paz durante muitos anos foram apontadas também como principais entraves para os esforços que muitos guineenses têm feito no sentido de desenvolver o país.
O recenseamento eleitoral na Guiné-Bissau devia ter começado a 23 de Agosto, e decorrer até 23 de Setembro, mas atrasos na recepção de ‘kits’ para registo biométrico dos eleitores atrasou o processo durante quase um mês, tendo começado apenas na quinta-feira.