Selecção Nacional projecta prova na quadra do Gama
Comandados de Filipe Cruz querem melhorar a prestação e apostaram no arranque antecipado dos trabalhos
Determinada em alcançar a melhor prestação, a Selecção Nacional sénior masculina de andebol já começou a projectar no Complexo Desportivo do Gama, a disputa da 26ª edição do Campeonato do Mundo, organizado pela Dinamarca e Alemanha, de 10 a 27 de Janeiro de 2019.
Em declarações ao Jornal de Angola, o seleccionador Filipe Cruz explicou que apesar da federação ainda não ter anunciado oficialmente o arranque dos trabalhos, o núcleo duro do "sete" nacional, formado pela equipa do 1º de Agosto, começou a preparação no passado dia 10 do corrente.
“Devem estar a reunir as condições. A nossa intenção é ter nas próximas etapas o trabalho minimamente adiantado. Ainda estamos a meio-gás, por causa de alguns reajustes. Vamos jogar o Mundial com os melhores e por esta via avaliar se estamos a fazer bem ou não o nosso trabalho”, esclareceu.
Por outro lado, Filipe Cruz defende a disputa de jogos com maior grau de dificuldade, já a perspectivar a melhoria do terceiro lugar no próximo Campeonato Africano das Nações (CAN).
“Faz todo o sentido estarmos focados no Mundial e depois idealizar os aspectos a melhorar. Garanto estar em perfeita sintonia com a direcção da federação”, disse o técnico tendo acrescentado que “atendendo as dificuldades financeiras pensamos em ficar 15 a 20 dias concentrados na fase pré-competitiva. A etapa anterior podemos fazê-la aqui”.
Angola disputa o Mundial inserido no Grupo D, com as similares da Suécia, Hungria, Qatar, Argentina e Egipto. Esta será a quarta presença após as edições de 2005 (Tunísia), 2007 (Alemanha) e 2017 (França). A qualificação do combinado nacional resulta da conquista da medalha de bronze no africano de Libreville (Gabão). Jogadores ausentes
Em relação à eventual integração dos meia-distâncias, Sérgio Lopes e Edvaldo Ferreira “Moreno”, o seleccionador assegurou não haver impedimento.
“No CAN tivemos situações pontuais e achei bem na época levar outros jogadores. Mas no Campeonato do Mundo se houver necessidade e justificação podem ingressar. O grupo ainda está aberto. É bem verdade que sempre vamos precisar de experiência”.
Apesar de reconhecer a qualidade e experiência competitiva dos laterais, Filipe Cruz realçou a necessidade de acautelar-se o futuro injectando sangue novo.“Não o fizemos há quatro anos. Penso sempre no futuro. Em 2020 é o africano, o Sérgio e o Edvaldo só têm mais dois anos. Se tivermos jogadores com talento naturalmente vou optar pelos mais novos, e assim dar continuidade ao trabalho desenvolvido”, rematou.
Relativamente à participação na Taça dos Clubes Campeões o treinador afirmou que desconhece a decisão da direcção do 1º de Agosto.
“Não estamos preocupados com isso. Já estou convencido que não vamos. Naturalmente seria bom. Neste momento tenho as minhas atenções viradas para o Mundial”.