Adiado julgamento por falta de energia
A leitura de sentença do réu Dedé Kalama, de 38 anos, investigador criminal, afecto ao Serviço de Investigação Criminal, acusado de ter morto a tiro a cidadã Maria António Lourenço Pereira, em 2017, foi adiada por falta de energia eléctrica, no Palácio de Justiça do Kilamba Kiaxi, em Luanda.
Não é a primeira vez que o Tribunal Provincial de Luanda adia sessões de julgamento por falta de energia, de outras condições logísticas e de informação atempada aos advogados, apurou o Jornal de Angola.
A sessão foi remarcada para o próximo dia 28, (sextafeira), na 12 ª Secção da Sala dos Crimes Comuns, soube o Jornal de Angola junto do oficial de justiça do Tribunal Provincial de Luanda.
O caso que envolve o réu Dedé Kalama, proprietário de um estabelecimento (lanchonete) de entretenimento e venda de bebidas alcoólicas, denominado “Boate Langa”, aconteceu no dia 2 de Novembro de 2017, quando um grupo de jovens, que supostamente estavam num óbito no Bairro Popular, nas imediações do Parque Infantil Augusto Ngangula, se dirigiu ao recinto e pediu aos funcionários para baixarem o som da música.
O acto resultou em desentendimento entre as partes, seguido de brigas e agressões, no qual o filho da malograda, Jair Miguel Pereira, foi supostamente agredido pelos funcionários do referido estabelecimento.
Depois de terem sido informados sobre a confusão, os pais do mesmo, que também se encontravam no referido óbito, deslocaram-se ao local no sentido de acudir o filho.
O réu Dedé Kalama insurgiu-se contra o cidadão Hermano Vuangi, tendo-o ameaçado de morte, com uma arma de fogo, adquirida em 2014 ao preço de 90 mil kwanzas, e efectuou dois disparos que atingiram a cidadã Maria Pereira que, apesar de socorrida no Hospital Neves Bendinha, acabou por morrer.
No bairro, o réu é acusado de práticas de ameaças com arma de fogo e comportamento violento, sempre que algum vizinho reclame devido ao barulho ensurdecedor proveniente da sua lanchonete.