Jornal de Angola

Infra-estruturas públicas sem recurso a financiame­nto

-

Angola não pretende manter amodalidad­edefinanci­amento externo para a construção de grandes infra-estruturas públicas, como tem acontecido nos últimos anos, afirmou o Presidente da República.

Num encontro com representa­ntes de multinacio­nais norte-americanas que já operam em Angola, João Lourenço disse que “o financiame­nto externo para a construção de grandes infra-estruturas públicas fica muito caro para o

Estado, porque aumenta o nível de endividame­nto.” “Não queremos manter a modalidade de financiame­nto para a construção de grandes infraestru­turas públicas, fica muito caro para o Estado, porque aumenta o nível do endividame­nto para com outros países”, salientou.

O Presidente falava a propósito do convite que voltou a fazer aos empresário­s americanos para participar­em na gestão e construção de grandes

portos, a exemplo do porto de águas profundas da Barra do Dande, a norte de Luanda. “Temos preferênci­a em que ele seja construído na modalidade BOT (Build, Operate and Transfer, em português “constrói, gere e transfere”). É uma modalidade que é vantajosa quer para o Estado como para o investidor”, sublinhou. João Lourenço explicou que o investidor constrói e opera a infra-estrutura durante os anos que forem estabeleci­dos

- que em regra costumam ser bastante extensos -, previstos no caderno de encargos e nos contratos que vierem a ser assinados.

O Chefe de Estado sublinhou que, além dos portos, Angola quer construir novos aproveitam­entos hidroeléct­ricos também na mesma modalidade BOT. “Construímo­s as barragens de Kapanda, Laúca e agora Caculo Cabaça, todas nesta modalidade”, indicou.

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola