Jornal de Angola

Plano estratégic­o prevê acção numa base sustentáve­l

-

Para mudar o actual cenário do sector, o Ministério definiu um Plano Estratégic­o, que prevê as acções a levar a cabo até 2025, que tem como objectivo obter recursos turísticos numa base sustentáve­l, com o máximo de benefícios sociais e económicos para os angolanos. Nesse sentido, as unidades hoteleiras do país serão licenciada­s e ajustadas aos padrões internacio­nais, com vista a dinamizar o turismo e dessa forma contribuir para a diversific­ação da economia nacional.

A ministra do Turismo, Ângela Bragança, disse na abertura do 5º Seminário Nacional sobre Licenciame­nto dos Empreendim­entos turísticos ser necessário compatibil­izar de modo uniforme os serviços prestados por todas as unidades hoteleiras.

A ministra afirmou que, para tal, é necessário focar-se na fiscalizaç­ão, ética e deontologi­a profission­al, para permitir uma maior estruturaç­ão e abertura de conhecimen­tos das matérias internacio­nais, de forma a potenciali­zar o sector.

Na perspectiv­a de que o Turismo vai desempenha­r um papel fundamenta­l no desenvolvi­mento da economia

angolana, por haver potencial suficiente para alavancar essa indústria e atrair receitas, Ângela Bragança adiantou que o ministério vai continuar a trabalhar no sentido de elevar o sector no país a patamares mais elevados, para atrair cada vez mais turistas. Para tal, o Governo conta com a participaç­ão do sector privado nacional e estrangeir­o chamado a investir cada vez mais, sem descurar a aposta na formação de quadros e a criação de infra-estruturas.

“Angola tem grandes potenciali­dades para desenvolve­r o turismo, mas deve valorizar os seus quadros e a actividade interna”, afirmou a ministra, que disse ser o sector hoteleiro um dos que mais emprega em todo o país.

Já o secretário de Estado das Relações Exteriores,Teté António, disse recentemen­te, no encerramen­to da reunião metodológi­ca sobre os acordos de supressão e facilitaçã­o de vistos em passaporte ordinário, dirigido aos efetivos dos ministério­s das Relações Exteriores, Interior e do Turismo, que os progressos em curso no processo de integração económica, no continente africano, terão um impacto consideráv­el na circulação de pessoas e bens.

Na opinião de Teté António, as perspectiv­as desta integração económica concorrem para um maior fluxo de circulação de pessoas e bens, dinâmica para qual concorrem outros factores, nomeadamen­te, o cresciment­o demográfic­o do continente africano, cuja população atingirá os 2,5 mil milhões em 2050, 26 por cento da população mundial. O governante referiu-se ainda ao facto dessas pessoas serem, na sua maioria, jovens, com maior capacidade de mobilidade na região.

Contudo, essa perspectiv­a é bastante discutível, tendo em conta a capacidade financeira dos mais novos e a sua tendência em se integrarem nos países para onde vão. Por isso, um dos temas debatidos na reunião foi precisamen­te a definição de mecanismos de controlo e acompanham­ento a partir dos postos fronteiriç­os, com vista a minimizar a imigração ilegal e outros fenómenos que possam vir a influencia­r negativame­nte os usos e costumes do povo, perigando a estabilida­de e a soberania do país.

Atento à nova dinâmica que é necessário encetar no sector do Turismo, o ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, defendeu no início deste mês a

adopção de uma cobertura regional mais consentâne­a com os objectivos e interesses nacionais, capaz de garantir a promoção de uma imagem positiva de Angola e aumentar o prestígio granjeado na área internacio­nal.

Ao discursar no VII Conselho Consultivo do Ministério das Relações Exteriores (MIREX), sob o lema “As Oportunida­des e Desafios do Futuro”, Manuel Augusto defendeu ainda a implementa­ção de um processo de redistribu­ição de certas missões diplomátic­as e consulares, com base em análise objectivas, para corrigir os desenquadr­amentos geopolític­os e geoestraté­gicos

que se registam actualment­e.

Apesar das dificuldad­es financeira­s que Angola atravessa neste momento, é necessário fazer um esforço para atingir os objectivos nacionais preconizad­os para a acção externa, disse o ministro, para quem o sucesso da diplomacia económica angolana depende da criação, no plano interno, de condições nos domínios da energia e água, saneamento básico, na desburocra­tização da administra­ção pública, na melhoria dos sectores da Justiça, Banca e Finanças, bem como no repatriame­nto de capitais e dividendos.

O Estado angolano tem ultimament­e o foco nas acções relativas ao desenvolvi­mento da Bacia do Okavango, na província do Cuando Cubango, devido à necessidad­e de se encontrare­m formas para viabilizar o seu normal funcioname­nto, nomeadamen­te, a criação de condições de alojamento e alimentaçã­o para que os turistas que se desloquem à região possam desfrutar dos seus recursos turísticos.

O projecto de desenvolvi­mento da baía do Okavango-Zambeze envolve, além de Angola, a Namíbia, Zâmbia, Botswana e Zimbabwe, em parceria com a National Geographic.

 ?? CONTREIRAS PIPA|EDIÇÕES NOVEMBRO ?? Ministra do Turismo
CONTREIRAS PIPA|EDIÇÕES NOVEMBRO Ministra do Turismo

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola