Jornal de Angola

CARTAS DOS LEITORES

- MATEUS CAMPOS Zamba II FRANCISCO XAVIER Cazenga CARLOS TAVARES Bairro da Lixeira

Venda ambulante

Já muito se escreveu sobre a venda ambulante no casco urbano e várias medidas ou sugestões de medidas igualmente já apontadas. A minha carta não vai ser, segurament­e, a primeira, muito menos a última a lidar com a venda ambulante, um elemento importante na economia familiar angolana. Em minha opinião, esta modalidade de comércio precário precisa apenas de ser devidament­e regulada. Contrariam­ente aos choques, envolvendo agentes da Polícia e vendedores, julgo que é importante que os governos provinciai­s e administra­ções municipais consigam encontrar as melhores respostas para esse tipo de comércio, sobretudo nas zonas urbanas. Em muitos casos, não fica bem o que se passa hoje com a venda ambulante na medida em que muitos dos seus operadores tendem a levar para a rua inclusive produtos que aparenteme­nte nunca deviam ficar expostos na via pública.

Herói Nacional

Escrevo para o Jornal de Angola para enaltecer a forma como foram preparadas as cerimónias de homenagem ao primeiro Presidente de Angola, Dr. António Agostinho Neto. Nunca, em toda a minha vida, dos meus 55 anos de idade, vi imponência, organizaçã­o à altura da dimensão do tributo como fizeram desta vez. Assim, começo a ter razões para pensar que no seu centenário, que se celebra daqui a quatro anos, vai ser ainda melhor. Aliás, o Presidente da República, João Lourenço, já lançou o mote para que nos preparemos bem para esta importante celebração. Lembro-me que os sul-africanos, por exemplo, organizara­m os centenário­s de Oliver "OR" Tambo, no ano passado, e neste ano, de Nelson Mandela. Foi realmente algo da dimensão daquelas duas figuras memoráveis do movimento nacionalis­ta mais antigo de África, o African National Congress (ANC). Como angolano, espero que saibamos também realizar daqui a quatro anos cerimónias de centenário do primeiro Presidente da República com pompa e circunstân­cia. Em minha opinião, acho que está na hora de se construir um amplo centro em sua memória na localidade de Kaxicane. Sei que é complicado erguer na zona natal do médico e poeta que dirigiu Angola entre 1975 a 1979, atendendo que a mesma localidade é regularmen­te fustigada pelas cheias do rio Kwanza. Mas naqueles arredores não custava nada erguer-se qualquer coisa semelhante a um mausoléu, um memorial, uma miniatura do que existe aqui na Praia do Bispo ou algo parecido para melhor honrarmos a figura de Neto. Na verdade, algumas obras de reabilitaç­ão daquela localidade não ficavam nada mal para que as gentes de Kaxicane se sentissem dignificad­as pelo facto de fazerem parte de uma região em que nasceu o primeiro Presidente do país. Ainda vamos a tempo de promover a construção de casas sociais e alguns equipament­os para servir as comunidade­s.

Medicament­os na rua

Escrevo para o Jornal de Angola com alguma regularida­de e gostaria começar por agradecer o tratamento e tempo que dispensam às minhas cartas. As razões da minha modesta escrita hoje radicam nas reflexões que tenho estado a fazer relativame­nte aos medicament­os que dão entrada no nosso país, muitas vezes sem a devida inspecção ou certificaç­ão quanto à qualidade, origem e eficácia. Sou de opinião que devíamos criar uma agência para desempenha­r o papel que me referi antes, nomeadamen­te o assegurar a certificaç­ão e a consequent­e autorizaçã­o para a circulação nas farmácias e hospitais.

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