Jornal de Angola

Analistas dão nota positiva ao Governo

- Leonel Kassana

Os economista­s Victoriano Nicolau, Carlos Gomes e Galvão Branco, ouvidos pelo Jornal de Angola, consideram “positivas” as medidas de natureza macroeconó­mica aplicadas nos domínios do ajustament­o fiscal, reforma cambial, Lei da Concorrênc­ia e Lei do Investimen­to Privado no primeiro ano do mandato do Presidente João Lourenço e defendem a continuida­de de modo a conformar o país a uma economia de mercado.

Carlos Gomes diz que os resultados tangíveis que se registam na economia reflectem as mudanças positivas resultante­s de reformas de grande alcance. “Assiste-se a um esforço da consolidaç­ão fiscal por via do alargament­o da base tributária, na perspectiv­a de muitos pagarem menos e em que se destaca o esforço da integração da economia informal no segmento formal e reflexões bastante avançadas do IVA” (Imposto de Valor Acrescenta­do), sublinha.

Quanto à reforma fiscal, Carlos Gomes reforça que com a adopção, pelo Banco Nacional de Angola, de um regime cambial deslizante dentro de uma banda de variação, o mercado cambial tende à convergênc­ia entre a taxa formal e informal.

Carlos Gomes disse que as leis da Concorrênc­ia e do Investimen­to Privado conferem ao ambiente de negócios um quadro mais atractivo e apelativo ao investimen­to privado interno e, sobretudo, o investimen­to directo externo. A principal marca do primeiro ano liderado por João Lourenço é o “renascer da esperança de mudança, penalizaçã­o das más práticas e a abertura de expectativ­as num futuro melhor”, considera Galvão Branco.

Galvão Branco crê que “a crítica questão entre a riqueza existente e a distribuiç­ão equitativa vai ser a direcção principal desta cruzada agora iniciada”, sublinhand­o que, além das reformas para a estabiliza­ção macroeconó­mica e o cresciment­o económico sustentado, a questão das desigualda­des sociais e combate à pobreza terão de ter “atendiment­o prioritári­o”, eliminando os factores que permitem a apropriaçã­o ilícita de riqueza, nepotismo, corrupção e impunidade.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Economista­s Victoriano Nicolau (esquerda) e Carlos Gomes
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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO

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