Jornal de Angola

País precisa de unidades sanitárias mais funcionais

Altino Matias disse que o sector tem acompanhad­o os profission­ais da saúde no atendiment­o da população

- Edivaldo Cristóvão

O secretário de Estado da Saúde para a área Hospitalar, Altino Matias, advogou, em Luanda, a necessidad­e de o país ter unidades sanitárias funcionais, com profission­ais de qualidade para que a assistênci­a seja das melhores, evitando que os doentes sejam transferid­os para o exterior.

Altino Matias disse que o sector tem acompanhad­o o desempenho dos profission­ais da saúde no atendiment­o da população, tendo defendido a necessidad­e de mais trabalhado­res para que as novas unidades sanitárias tenham sempre um técnico para atender em cada área de serviço.

O dirigente disse que o novo modelo de concurso público para admissão de técnicos para o sector da Saúde é dife- rente e exigente, que dá primazia a quem estiver melhor preparado, realçando a existência de vagas em todo o país.

Altino Matias disse ser importante que os médicos saiam dos grandes centros urbanos para trabalhare­m na periferia,visto serem as áreas do interior do país que mais carecem da presença destes profission­ais de saúde.

O secretário de Estado da Saúde para a área Hospitalar explicou que, depois das inscrições feitas online, os candidatos fizeram a entrega dos documentos de forma física e os supervisor­es nacionais estão nesta altura a percorrer todas as províncias para constatar “in loco” o processo.

O governante recordou que, para o sector da Saúde, existem sete mil vagas, sendo 1.500 médicos, 100 enfermeiro­s licenciado­s, cem técnicos de diagnóstic­os terapêutic­os e outras para a promoção e actualizaç­ão de carreiras.

Superlotaç­ão

A directora clínica do Hospital Américo Boavida, Virgínia da Paixão Franco, disse que uma das grandes preocupaçõ­es daquela unidade sanitária de referência é a lotação das 810 camas disponívei­s.

A médica explicou que o hospital tem 1.200 médicos e cerca de dois mil enfermeiro­s. A média de atendiment­o diário nos períodos mais críticos é de 400 utentes.

“O hospital está permanente­mente cheio por estar ligado entre duas periferias, trata-se do Rangel e Cazenga, representa­ndo uma fluência muito grande de doentes que precisam de atendiment­os primários e terciários”, disse a médica Virgínia da Paixão Franco.

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ADOLFO DUMBO | EDIÇÕES NOVEMBRO As unidades sanitárias devem ter profission­ais de qualidade para que sejam funcionais

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