Jornadas científicas tratam do património
A Escola Superior Politécnica do Zaire, adstrita à Universidade 11 de Novembro, da III Região Académica, vai criar uma plataforma que permita à instituição de ensino participar de forma activa no processo de conservação do património cultural de Mbanza Kongo.
Inscrita na lista do Património Cultural Mundial pela Unesco, na cidade de Cracóvia, Polónia, em 2017, Mbanza Kongo realizou a primeira edição das jornadas científicas com o lema “Universidade, sociedade e património”. Sob a orientação do decano da instituição, João Mateus Marciano, as jornadas científicas tiveram três painéis temáticos, nomeadamente a “Educação e património”, “Gestão socioeconómica e património”, além do tema “Tecnologia, inovação e património”.
Para uma efectiva contribuição na conservação do acervo histórico de Mbanza Kongo, um dos prelectores do evento propôs maior divulgação da lei da toponímia, aprovada em 2016 pela Assembleia Nacional. O professor Nsambu Vicente frisou que a utilização da toponímia constitui um elemento de cristalização da memória colectiva de um povo. “Devemos ensinar os nossos estudantes sobre os feitos das figuras homenageadas nas escolas, ruas e estabelecimentos públicos, para que sejam perpetuados para sempre”, disse Nsambu Vicente, para quem a toponímia é um elemento de unidade nacional.
O vice-governador do Zaire, António Kialunguila, reconheceu que a Administração Municipal de Mbanza Kongo tem executado de forma lenta o processo de toponímia na região.
A situação tem dificultado os trabalhos da recolha de dados, por parte do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros.
Outro constrangimento provocado pela falta de nomes nas ruas e números nas residências tem a ver com o crescimento desordenado da zona periférica da cidade de Mbanza Kongo. PUBLICIDADE