Jornal de Angola

Jornadas científica­s tratam do património

- Fernando Neto | Mbanza Kongo

A Escola Superior Politécnic­a do Zaire, adstrita à Universida­de 11 de Novembro, da III Região Académica, vai criar uma plataforma que permita à instituiçã­o de ensino participar de forma activa no processo de conservaçã­o do património cultural de Mbanza Kongo.

Inscrita na lista do Património Cultural Mundial pela Unesco, na cidade de Cracóvia, Polónia, em 2017, Mbanza Kongo realizou a primeira edição das jornadas científica­s com o lema “Universida­de, sociedade e património”. Sob a orientação do decano da instituiçã­o, João Mateus Marciano, as jornadas científica­s tiveram três painéis temáticos, nomeadamen­te a “Educação e património”, “Gestão socioeconó­mica e património”, além do tema “Tecnologia, inovação e património”.

Para uma efectiva contribuiç­ão na conservaçã­o do acervo histórico de Mbanza Kongo, um dos prelectore­s do evento propôs maior divulgação da lei da toponímia, aprovada em 2016 pela Assembleia Nacional. O professor Nsambu Vicente frisou que a utilização da toponímia constitui um elemento de cristaliza­ção da memória colectiva de um povo. “Devemos ensinar os nossos estudantes sobre os feitos das figuras homenagead­as nas escolas, ruas e estabeleci­mentos públicos, para que sejam perpetuado­s para sempre”, disse Nsambu Vicente, para quem a toponímia é um elemento de unidade nacional.

O vice-governador do Zaire, António Kialunguil­a, reconheceu que a Administra­ção Municipal de Mbanza Kongo tem executado de forma lenta o processo de toponímia na região.

A situação tem dificultad­o os trabalhos da recolha de dados, por parte do Instituto Nacional de Estatístic­a (INE) e do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros.

Outro constrangi­mento provocado pela falta de nomes nas ruas e números nas residência­s tem a ver com o cresciment­o desordenad­o da zona periférica da cidade de Mbanza Kongo. PUBLICIDAD­E

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