Peça “Sexo farmacêutico” em cartaz na Casa das Artes
O espectáculo dramático “Sexo farmacêutico” da Companhia de Teatro Dadaísmo, obra escrita pelo brasileiro Humberto de Mello, numa adaptação e encenação de Hilário Belson, com produção de Sophia Buco, está em cartaz desde ontem até domingo, com início às 20h00, na Casa das Artes, em Talatona.
“Sexo farmacêutico” é uma peça que aborda durante 50 minutos a vivência de um casal, Horácio e Maria Helena (personagens de Carlos de Carvalho e Yolanda Viegas), que juntos vão reflectindo sobre as memórias de uma vida conjugal, num levantamento constante sobre as motivações da sexualidade em idade avançada.
A comédia romântica aborda a história de uma esposa cinquentona inconformada com o marasmo da vida sexual que mantêm com o seu marido e que obriga o esposo a tomar medicamentos para melhorar a disfunção eréctil. Na trama, os personagens discutem o relacionamento afectivo e sexual, quebram o silêncio e tiram o sossego, exaltam as vozes, exterminam com letargia que ainda existe nesse pequeno minúsculo adormecido insignificante e sonolento detalhe.
O que une o casal? Será que após muitos anos de convivência passam a ser mais irmãos e amigos do que amantes e namorados? O amor e a sexualidade terão um prazo de validade? Quando muitos têm de recorrer a remédios para melhorar o desempenho, é nesta fase que o sexo começa a ser encarado como uma ditadura. O espectáculo levou três meses a ser preparado e os ingressos custam cinco mil kwanzas.
A Companhia de Teatro Dadaísmo foi criada aos 16 de Dezembro de 2006, na União dos Escritores Angolanos, por actores estudantes universitários e artistas em diversas manifestações culturais.
A companhia já participou em festivais nacionais e internacionais e exibiu em diversas províncias de Angola.