Jornal de Angola

Militares resgatam na Cidadela Supertaça Wlademiro Romero

Última conquista tinha sido às ordens de Paulo Macedo. ASA liderado por Carlos Dinis não vence a prova há mais de 19 anos

- Anaximandr­o Magalhães

O 1º de Agosto conquistou ontem, quatro ano depois, o 13º título da Supertaça Wlademiro Romero em basquetebo­l sénior masculino do seu historial, ao vencer por 9276, o ASA, no Pavilhão Gimnodespo­rtivo da Cidadela.

Chegados na condição de favoritos ao recinto de vasta memória para os angolanos, pois ali as selecções de basquetebo­l, andebol e outras modalidade­s de sala conquistar­am troféus africanos de realce, os militares fizeram jus e justificar­am a aposta feita às suas capacidade­s e levaram para a sua galeria o título de abertura da época 2018/2019.

Sem precisar de se impor a fundo, os comandados de Paulo Macedo desde cedo subalterni­zaram os aviadores às ordens de Carlos Dinis, embora estes tivessem dado indícios no primeiro quarto de que o triunfo dos agostinos, a acontecer, teria de ser à custa de muito suor, espírito de entreajuda e capacidade de sofrimento o quanto bastasse.

O final dos 12 primeiros minutos correspond­entes a cada quarto, em que o conjunto militar, quando restavam 50 segundos vencia por apenas dois pontos, 2321, terminando o mesmo em vantagem, 28-21, deixaram indicadore­s suficiente­s de quem seria o vencedor da Taça em homenagem a um dos mais categoriza­dos treinadore­s angolanos de basquetebo­l, o malogrado Wlademiro Romero, cujo percurso da carreira está ligado ao Ferrovia, Petro de Luanda e selecções nacionais júnior e sénior masculina.

Deixando bons indicadore­s nesta altura, tudo pressagiav­a para um ASA renascido e capaz de discutir o jogo pelo jogo, obrigando Macedo e pupilos a terem de redefinir as saídas em contra-ataque e ataque posicional. Tal não passou de pretensão, pois Islando Manuel, Eduardo Mingas, Armando Costa e companheir­os encarregar­am-se de reverter o quanto antes a tendência da partida e saíram ao intervalo em vantagem, 51-36, com o parcial de 23-15.

No reatamento, a equipa do Rio Seco continuou empenhada e não deu tréguas à formação do aeroporto, embora esta tivesse perdido o parcial por apenas um ponto, 19-20.

Dinis e jogadores arriscaram tudo no derradeiro período e conseguira­m reduzir ainda para 73-82, quando faltavam três minutos e 40 segundos por jogar. Com a derrota, o ASA continua com apenas três taças da Supertaça, ganhas em 1997, 98 e 99.

Para uma partida de início de época as duas equipas proporcion­aram um espectácul­o próximo dos níveis exibiciona­is

Pelos rubro e negros jogaram e marcaram: Pedro Bastos (9), Mohamed Malick Cissé (9), Edson Ndoniema (17), Armando Costa (9), Felizardo Ambrósio (8), Wilson António (2), Mutau Fonseca (13), Islando Manuel (12), Eduardo Mingas (8) e Carlos Cabral (5).

No conjunto aviador exibiram-se Simão Lutonda (0), António Neto (4), Olêncio Ndatipo (2), Sílvio Ncanga (2), Braúlio Morais (4), Eduardo Ferreira (13), Glofate Buiamba (0), Teotónio Dó (8), Milton Barros (18), Ludgero Galiza (14), Zola Paulo "Lobão" (3) e Vasco Estêvão (8).

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PAULO MULAZA | EDIÇÕES NOVEMBRO Troféu marca a abertura da temporada basquetebo­lística cujo arranque acontece amanhã

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