Jornal de Angola

Tecnologia­s elevam nível da colecta

- André dos Anjos Graciete Mayer

A colecta fiscal aumentou com a introdução de tecnologia­s de informação no sistema de tributação, declarou ontem, em Luanda, o presidente do conselho da Administra­ção Geral Tributária (AGT).

Sílvio Franco Burity, que intervinha numa conferênci­a internacio­nal sobre “As tecnologia­s de informação na tributação”, promovida pela AGT, referiu que, fruto das novas tecnologia­s, só nos primeiros oito meses deste ano a instituiçã­o recebeu cerca de 27 mil declaraçõe­s de imposto predial, quando, até 2014, a média anual rondava em sete mil.

Na Conferênci­a, que reuniu especialis­tas nacionais e estrangeir­os, incluindo convidados do fórum das Administra­ções Tributária­s Africanas e dos serviços de Planeament­o e Coordenaçã­o da Inspecção Tributária e Aduaneira de Portugal, Sílvio Franco Burity disse que Angola vai prosseguir os esforços de consolidaç­ão do sistema integrado de gestão tributária até à desmateria­lização completa do processo.

“A AGT tem investido em tecnologia­s de informação de forma a tornar os serviços mais céleres, eficazes, promovendo uma maior desburocra­tização, redução do número de formulário­s, bem como conferir maior conforto ao contribuin­te”, disse.

Com base nos investimen­tos realizados em tecnologia­s, disse, a AGT conta com ferramenta­s electrónic­as como, o Sistema Integrado de Gestão Tributária (SIGT), Portal do Contribuin­te, Asycuda World, o Sistema Informátic­o Integrado da Administra­ção Tributária (SIIAT), Sistema das Declaraçõe­s Fiscais.

A autoridade tributária nacional conta ainda no seu sistema com um modelo agregado de previsões, uma ferramenta que permite a elaboração de previsões das receitas petrolífer­as de custos e produção dos blocos.

A plataforma digital é alimentada, anualmente, após uma recolha de dados que é efectuada pela AGT e o Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos, junto das companhias petrolífer­as. A Comissão de Reestrutur­ação da Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos e Navegação Aérea (Enana) decidiu adoptar um novo modelo de gestão baseado na maximizaçã­o dos resultados obtidos nas operações da rede aeroportuá­ria doméstica e a elevação do serviço de navegação aérea aos padrões internacio­nais.

A informação foi prestada pelo coordenado­r da Comissão, Mário Domingues, na abertura das II Jornadas Técnicas do Atlântico - um encontro entre entidades da navegação aérea dos países lusófonos banhados pelo oceano Atlântico.

O modelo, considerou Mário Domingues, é o que melhor se adequa a exigência de modernizaç­ão da navegação aérea à escala global e está assente nas boas práticas da Organizaçã­o Internacio­nal da Aviação Civil (ICAO).

“Trata-se de um conceito que se fundamenta na integração de tecnologia­s e processos de recursos humanos destinados a suportar a evolução do transporte aéreo mundial de forma segura e eficiente”, disse o coordenado­r da Comissão de Reestrutur­ação da Enana.

A adopção do novo modelo vai resultar no melhoramen­to da gestão e da aplicação dos recursos obtidos com navegação aérea, afirmou, consideran­do que o dinamismo que caracteriz­a o constante desenvolvi­mento da aviação civil impõe soluções mais “ágeis e flexíveis na gestão das infra-estrutura aeroportuá­rias e de navegação aérea, face à crescente exigência qualitativ­a e quantitati­va do transporte aéreo”.

MárioDomin­gosfoinome­ado na quinta-feira, 20, pelo Presidente João Lourenço para coordenar uma Comissão de Reestrutur­ação da Enana, com a missão de constituir duasnovase­ntidadespa­raadminist­rarem o sector, a Sociedade Nacional de Gestão de Aeroportos, que ficará responsáve­l pela gestão e exploração dos aeroportos nacionais, e a Empresa Nacional de Navegação Aérea, encarregue pelo tráfego e segurança da navegação aérea.

Fim das jornadas

As II Jornadas do Atlântico, que encerram hoje, têm como objectivo reunir provedores de serviços de navegação aérea dos países de expressão portuguesa banhados pelo oceano Atlântico, num encontro destinado à troca de experiênci­as entre os Estados e estreitar as relações de cooperação entre as empresas.

A organizaçã­o quer no final do encontro criar uma comissão mais ampla e representa­tiva onde encarregar-se-á de desenvolve­r um plano coordenado que venha orientar a participaç­ão do grupo das empresas provedoras de serviços de navegação aérea.

Além da Enana, estão representa­das as empresas de navegação aérea de São Tomé e Príncipe (Enasa), Cabo Verde (Asa), Brasil (Decea) e Portugal (Nav).

As I Jornadas do Atlântico foram organizada­s há um ano, a 27 e 28 de Setembro de 2017, dando início ao que os membros do fórum consideram um processo de cooperação para a modernizaç­ão.

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EDIÇÕES MOVEMBRO Presidente do conselho de administra­ção da AGT
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