Campeão começa a defender o título frente ao Interclube
1º de Agosto e Petro têm adversários complicados na abertura e o clássico dos clássicos está reservado para a oitava jornada
Com o pontapé de saída a 27 de Outubro, a jornada inaugural da 41ª edição do Campeonato Nacional de Futebol da I Divisão, Girabola, abre com dois encontros aliciantes, em que o 1º de Agosto, tricampeão angolano, começa a defesa do título diante do Interclube, no Estádio 22 de Junho, ao passo que o vicecampeão, Petro de Luanda enfrenta em Calulo, o Recreativo do Libolo, ditou o sorteio realizado ontem, na sede da Federação Angolana de Futebol (FAF).
Além dos cabeças de cartaz, a ronda reserva ainda os desafios Desportivo da HuílaFC Bravos do Maquis, Académica do Lobito-Sporting de Cabinda, Progresso Sambizanga-Saurimo FC, ASASagrada Esperança, Santa Rita -Recreativo da Caála e Cuando Cubango FC-Kabuscorp do Palanca.
O clássico dos clássicos, 1º de Agosto e Petro de Luanda está reservado para a oitava jornada, com os militares do Rio Seco a jogarem na condição de visitados, no Estádio Nacional 11 de Novembro.
Ao contrário das edições anteriores, o campeonato vai ser disputado em sete meses, com jogos às quartas e aos finais de semana. A primeira volta termina a 29 de Janeiro, e o segundo turno da prova arranca a 4 de Fevereiro, feriado nacional.
Na maior festa futebolística do país, há a assinalar a estreia do Saurimo FC e os regressos do ASA e Santa Rita do Uíge.
Das 18 províncias de Angola, o Girabola é disputado em 11, designadamente Luanda, Cabinda, Uíge, Lunda-Norte, Moxico, Lunda-Sul, CuanzaSul, Huambo, Benguela, Huíla e Cuando Cubango.
Das 16 equipas, a capital do país bate o recorde de participação, com 1º de Agosto, Petro de Luanda, Interclube, Kabuscorp do Palanca, ASA e Progresso Sambizanga. As restantes províncias competem com uma formação cada.
Reacções ao sorteio
Paulo Jorge “Mangueijo”, vice-presidente para o futebol do 1º de Agosto, referiu que o Interclube é uma equipa a respeitar, sublinhando que a formação militar entra em todos os jogos com o pensamento na vitória, bem como lutar para reconquistar o título do campeonato.
Por parte do Petro de Luanda, Sidónio Malamba espera por um jogo difícil diante do Recreativo do Libolo, mas não escondeu a vontade de vencer o campeonato. “Este ano, o título dificilmente nos escapa. Há dez anos que não ganhamos o Girabola”.
Taça de Angola
A Federação Angolana de Futebol agendou para o dia 25 de Janeiro, o sorteio da segunda maior prova do calendário futebolístico da FAF, sendo que os jogos disputamse a 30 do mesmo mês.
No novo figurino, a Taça de Angola é disputada no sistema de eliminatórias directas, e a final está marcada para o dia 1 de Maio, feriado alusivo ao dia Internacional dos Trabalhadores. Pelo facto de a prova não ter sido disputada este ano, o Petro de Luanda é ainda o detentor do troféu.
Comportamento dos árbitros
O papel e o comportamento dos árbitros também foram aflorados, antes da realização do sorteio do Girabola. Jorge Mário Fernandes, presidente do Conselho Central de Árbitros da Federação Angolana de Futebol, afirmou que vai punir severamente os infractores. “Vamos procurar agir bem, e vamos ser duros com os árbitros que prevaricarem. Os infractores vão ficar sem apitar durante três meses, e sujeitos a testes físicos. Temos de acabar com as más práticas. A época passada, o trabalho dos árbitros foi negativo”, reconheceu o dirigente desportivo.
Os clubes também queixaram-se dos novos preços a serem praticados na época 2018/2019. A maioria das equipas consideram exagerado o valor de 50 mil kwanzas. Jorge Mário Fernandes tentou defender a taxa estipulada, mas o argumento apresentado não convenceu a maioria.
Possíveis desistências
Na reunião que antecedeu o sorteio, Académica do Lobito, Sporting de Cabinda e Santa Rita do Uíge deram a entender que podem desistir do Girabola, caso as dificuldades financeiras não forem ultrapassadas.
Em declarações ao Jornal de Angola, N’solani Pedro, presidente de direcção da Santa Rita, garantiu que a participação da equipa no campeonato está orçada em 200 milhões de kwanzas.“Este é o montante que necessitamos para fazermos uma época sem sobressaltos. Apelamos ao Governo do Uíge e aos empresários locais, para que ajudem o clube a superar este problema bicudo. Se a situação prevalecer não teremos outra alternativa”.
Ao contrário das edições anteriores, o campeonato vai ser disputado em sete meses, com jogos às quartas e aos finais de semana. A primeira volta termina a 29 de Janeiro