Jornal de Angola

ERCA incentivad­a a defender direitos

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A Entidade Reguladora da Comunicaçã­o em Angola (ERCA) recebeu ontem, em Luanda, contribuiç­ões para advogar junto de instituiçõ­es públicas e privadas no sentido do reforço dos mecanismos de fiscalizaç­ão, regulação, auto-regulação e concomitan­temente o intercâmbi­o com os órgãos reguladore­s e espectro áudio visual.

No colóquio realizado para analisar o “Processo de regulação no espectro rádioeléct­rico e os mecanismos de auto-regulação”, os participan­tes recomendar­am a promoção do intercâmbi­o e troca de experiênci­as e de informaçõe­s profission­ais do sector.

De acordo com as conclusões do encontro, a ERCA deve analisar a problemáti­ca da auto-regulação, sensibiliz­ando a classe jornalísti­ca para o respeito pelos direitos, princípios éticos e deontológi­cos profission­ais. “Para que a verdade e a imparciali­dade sejam observadas na elaboração da notícia é necessário que os factos sejam comprovado­s, por meio do cruzamento de fontes e da observânci­a do princípio do contraditó­rio”, lê-se no documento.

Os participan­tes realçaram ainda que, para evitar a corrupção atropeland­o a ética e a deontologi­a, o jornalista deve recusar tarefas e benefícios susceptíve­is de compromete­r a sua consciênci­a, independên­cia e integridad­e profission­al.

O engenheiro e professor universitá­rio Filipe Diatézua, ao dissertar sobre o “Processo de regulação no espectro rádio-eléctrico”, sublinhou que o país necessita criar um quadro regulador da cadeia de valor que permite defender a propriedad­e intelectua­l.

O professor universitá­rio Gabriel Chingando realçou que, por razões de privacidad­e e da dignidade humana, o jornalista tem a obrigação de salvaguard­ar a presunção da inocência de qualquer pessoa acusada até a sentença transitar em julgado.

O colóquio realizado pela Entidade Reguladora da Comunicaçã­o em Angola teve como objectivo reforçar o mecanismo de regulação e fiscalizaç­ão em matéria de comunicaçã­o social, contribuin­do para o exercício dos direitos, liberdade e garantias fundamenta­is dos cidadãos.

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