Pompeo apela à aplicação de sanções a Pyongyang
O secretário de Estado norteamericano, Mike Pompeo, apelou ontem à comunidade internacional para uma aplicação “rigorosa” das sanções contra a Coreia do Norte “até que a desnuclearização esteja concluída e totalmente verificada.”
Numa reunião do Conselho de Segurança da ONU dedicada à questão nuclear nortecoreana, a que presidiu, o chefe da diplomacia da Administração Trump sustentou que os membros do órgão devem “dar o exemplo.”
Pompeo condenou as violações por Pyongyang dos limites impostos às importações de petróleo e de carvão e expressou preocupação relativamente a informações segundo as quais há países, “incluindo dentro do Conselho de Segurança”, que continuam a acolher novos trabalhadores norte-coreanos apesar das resoluções da ONU.
Em resposta a Mike Pompeo, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, disse que a aplicação das sanções impostas à Coreia do Norte deve prosseguir, mas não dever ser “um fim em si.”
“A aplicação das sanções e a promoção de uma solução política são tão importantes uma como a outra e devem avançar em paralelo, não de forma parcial ou selectiva”, sustentou o MNE chinês, na reunião do Conselho de Segurança.
Retomando uma reivindicação de Pyongyang, o chefe da diplomacia chinesa advogou igualmente a elaboração de uma “declaração pondo fim à guerra” da Coreia, que terminou em 1953 com um armistício, argumentando que isso ajudaria a “consolidar a confiança e a facilitar a desnuclearização.”
Por sua vez, o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, considerou que as sanções internacionais impostas à Coreia do Norte para a fazer abandonar os seus programas de armamento nuclear e balístico não devem transformar-se numa “punição colectiva.”
Na reunião presidida pelo seu homólogo norte-americano, o MNE russo lamentou também que o Conselho de Segurança, devido à posição inflexível dos Estados Unidos, não acompanhe com “gestos positivos” a evolução da crise.