Acto central de abertura é realizado no Chinguar
O acto nacional de abertura do ano agrícola 2018/2019 é realizado quarta-feira no Chinguar, Bié, onde a área em preparação para os cultivos é de 350 hectares, revelou ontem ao Jornal de Angola o director local da Estação de Desenvolvimento Agrário (EDA).
Rodrigues Cabinda afirmou que as autoridades instituíram, para o próximo ano agrícola, o lema “Agricultura rumo a auto-suficiência alimentar e promoção das exportações” e que se prevê a participação de representantes do Executivo no acto de abertura. O director da EDA do Chinguar notou, a propósito, que, na última quarta-feira, o governador do Bié, Pereira Alfredo, visitou a comuna da Cangala, naquele município, onde estão em preparação 340 hectares de terra.
Antes, o director nacional do Instituto do Desenvolvimento Agrário (IDA), David Tunga, esteve no município com igual objectivo, tendose mostrado “satisfeito” com o desempenho de um grupo técnico especialmente criado para a preparação da terra.
A terra em preparação vai ser distribuída pelas famílias de camponeses activos da região, prevendo-se que cada uma delas vai receber um hectar já desbravado e que 134 beneficiárias são mulheres organizadas em associações.
A preparação de solos está a ser supervisionada pelo engenheiro agrónomo António Valério, coordenador do projecto de correcção de solos. “Aqui, vamos fazer a correcção dos solos aplicando calcário para fortalecer a terra, já que o cultivo será predominantemente de milho e feijão”, disse, acrescentando que, até à entrega aos camponeses o processo estará concluído.
O coordenador da União Nacional dos Camponeses (Unaca) no Chinguar, Barnabé Palanca, manifestou satisfação por o Bié acolher a abertura do ano agrícola a nível do país pelo segundo ano consecutivo. “Isso anima bastante os camponeses que, com o apoio do Governo, podem produzir não só para a subsistência, mas também para comercialização combatendo assim a pobreza”, disse.
Indicou que experiências anteriores mostraram que de 300 quilos de sementes de milho lançadas à terra podem ser colhidas três toneladas, o que é muito significativo para os camponeses.
Grupos de famílias beneficiárias serão integrados em escolas do campo para formação e capacitação em técnicas agrícolas, explicou Barnabé Palanca, salientando que, actualmente, existem 40, número que deve aumentar com o crescimento registado na campanha agrícola.