Mortes por tuberculose tendem a aumentar
A Polícia Angolana de Guarda Fronteira está preocupada com o aumento de casos de morte dos seus efectivos, causada pela tuberculose e outras doenças relacionadas com o VIH/Sida.
O chefe do departamento nacional da Polícia de Guarda Fronteira revelou, em Negage, província do Uíge, o registo de 40 óbitos, nos últimos três anos.
O superintendente Francisco Gonçalves Chicha disse que as vítimas resultaram de 101 doentes cadastrados entre os efectivos da guarda fronteira, no período de 2015 a 2017.
O oficial superior fez tais pronunciamentos na abertura do V Concentrado Metodológico dos Especialistas de Saúde daquele órgão do Ministério do Interior, que decorreu de 25 a 27 do corrente mês.
Segundo informou, o actual quadro sanitário dos efectivos é salutar, mas a instituição encara com preocupação as mortes por tuberculose e doenças relacionadas com o VIH/Sida, que assola a tropa, sobretudo desde os últimos três anos.
Por sua vez, o subcomissário David Francisco Chitundo, segundo comandante da Polícia Nacional para a Ordem Pública, disse que cerca de 70 por cento da fronteira angolana é de difícil acesso, sendo um dos principais factores da ausência dos serviços de saúde nas unidades da corporação da guarda fronteiriça.
Disse haver a necessidade do reforço com medicamentos, meios de transporte, macas e outros meios indispensáveis para a capacitação das unidades médicas, para que os técnicos prestem cada vez mais um serviço humanizado aos doentes, quer militares como civis que vivem nas linhas fronteiriças.
Para ele, a realização do encontro de carácter formativo visa potenciar os especialistas em matérias de saúde preventiva e ser um prenúncio de um combate cerrado contra as doenças negligenciadas.
Apelou aos especialistas no sentido de exercerem os serviços de saúde com humildade, comprometimento, verdade e imparcialidade, conscientes de que ser enfermeiro é exercer um cargo público ao serviço das pessoas.
Foi também exortada a intensificação de palestras e outros instrutivos sobre as causas e formas de prevenção das doenças. “A saúde física inclui o estado fisiológico estável, onde são observados todos os cuidados, como alimentares e corporais e os cuidados médicos, que abrangem o controlo do álcool, de substâncias como drogas e tabaco”, referiu.
O departamento nacional de saúde da PGF controla 18 unidades sanitárias em todo o país, atendidos por cerca de 300 efectivos, entre médicos, técnicos superiores e médios de saúde. REQUALIFICAÇÃO DA CAPITAL DA LUNDA-SUL