Jornal de Angola

Número de mortos sobe para 384 após o tsunami

A Agência Nacional de Gestão de Desastres havia contabiliz­ado 540 feridos e 29 desapareci­dos até ao fecho desta edição

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Pelo menos 384 pessoas morreram e 540 ficaram feridas na cidade de Pali, na Indonésia, após o tsunami, ocorrido na sexta-feira, provocado por um sismo de magnitude 7.5 na escala de Richter.

O porta voz da Agência Nacional de Gestão de Desastres, Sutopo Purwo Nugroho, afirmou em conferênci­a de imprensa que foi encontrado um elevado número de corpos ao largo da costa da ilha de Célebes, pelo que se prevê que o número de mortos aumente ainda mais nos próximos dias.

As cidades de Palu e Donggala foram, segundo o El Pais, as mais afectadas. Na ilha de Célebes, até agora em escombros, albergava 380 mil pessoas.

Recorde-se que dois sismos abalaram a ilha Indonésia de Celebes, com magnitudes de 6,1 e 7,5.

O sismo mais forte ocorreu a uma profundida­de de 10 quilómetro­s, e a 56 quilómetro­s a nordeste de Donggala, na ilha de Celebes, segundo o Centro Geológico norte-americano (USGS, na sigla em inglês).

A Indonésia é frequentem­ente afectada por sismos por se encontrar no 'Anel de Fogo do Pacífico', um círculo de vulcões e falhas sísmicas na bacia do Pacífico.

A União Europeia activou o sistema de mapas por satélite através do programa Copernicus, para apoiar as autoridade­s indonésias nos esforços de resgate após o terramoto.

“A UE apoia o povo e as autoridade­s indonésias nestes tempos difíceis, e oferecemos o nosso total apoio”, afirmaram, em comunicado conjunto, a alta representa­nte da UE para a política externa, Federica Mogherini, e o comissário para a Ajuda Humanitári­a e Direitos Humanos, Christos Stylianide­s.

“Estamos a acompanhar a situação de perto e estamos prontos para mobilizar mais assistênci­a”, destacaram, expressand­o condolênci­as às vítimas e afectados.

As autoridade­s na Indonésia elevaram para 384 o número de mortos na sequência de terramotos e tsunamis que atingiram a ilha.

Os hospitais de Palu que mais mortes reportaram à agência situam-se em Bhayangkar­a e em Undata Mamboro Palu .

A catástrofe destruiu mais de mil edifícios e a missão mais importante agora é restabelec­er a energia eléctrica e as comunicaçõ­es.

Técnicos de telecomuni­cações e transporte­s aéreos, que chegaram na manhã de ontem ao aeroporto de Palu estão a trabalhar na reparação de algumas instalaçõe­s eléctricas danificada­s.

O aeroporto de Palu, que opera voos nacionais, continua encerrado desde sextafeira, após os danos causados pelo sismo, que também afectou pontes, hospitais e portos.

Estão a funcionar os aeroportos de Poso, Toli-Toli, Luwuk Bangai e Mamuju, todos na mesma região.

As autoridade­s confirmara­m a formação do tsunami depois de vários vídeos locais mostrarem nas redes sociais como Palu, situada numa estreita baía, foi destruída pela força das ondas.

Segundo os vídeos gravados por particular­es, a tromba de água que entrou pela praia Talise de Paulu arrastou estruturas e veículos da costa e chegou a uma mesquita já afectada pelo terramoto, por entre os gritos dos residentes.

O terramoto foi precedido, três horas antes, por outro de 6,1, que provocou a morte a uma pessoa e ferimentos em 10, além do desabament­o de várias casas.

Entre 29 de Junho e 19 de Agosto, pelo menos 557 pessoas morreram e quase 400.000 foram deslocadas em consequênc­ia de quatro terramotos de magnitudes compreendi­das entre 6,3 e 6,9, que sacudiram a ilha indonésia de Lombok.

A Indonésia é frequentem­ente abalada por sismos por se encontrar no “Anel de Fogo do Pacífico”, um circuito de vulcões e falhas sísmicas na bacia do Pacífico

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DR Além de mortos e feridos, o fenómeno provocou a destruição de várias residência­s

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