Jornal de Angola

ONU regista progressos na protecção aos imigrantes

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O Comité da ONU de Trabalhado­res Migrantes considera que Moçambique registou avanços na protecção dos direitos deste grupo, mas aponta a prevalênci­a de abusos, incluindo contra crianças, e detenções arbitrária­s. Aquele organismo das Nações Unidas faz uma avaliação do tratamento dos trabalhado­res migrantes em Moçambique em resposta a um relatório sobre a situação deste segmento da população, que o ministro da Justiça, Assuntos Constituci­onais e Religiosos, Joaquim Veríssimo, apresentou no dia 4 deste mês em Genebra.

De acordo com o relatório do Comité da ONU de Trabalhado­res Migrantes, as autoridade­s moçambican­as introduzir­am mudanças legislativ­as favoráveis à protecção dos direitos daquele grupo populacion­al. No documento, é realçado o esforço de Moçambique para impedir o trabalho forçado.

Apesar dos progressos, o comité nota, no entanto, que alguns trabalhado­res, sobretudo indocument­ados, são vítimas de exploração sexual e laboral, incluindo trabalho forçado nas minas, agricultur­a, manufactur­a, turismo e sector doméstico.

O relatório destaca a expulsão de centenas de trabalhado­res que trabalhava­m em minas na província de Cabo Delgado, no ano passado, e que terão sido sujeitos a detenção arbitrária, extorsão e expulsão. Nesse sentido, o país deve instaurar “mecanismos que permitem avaliar se as deportaçõe­s de trabalhado­res migrantes acontecem cumprindo os requisitos internacio­nais”.O relatório tem acordos com a África do Sul, Brasil e Portugal no capítulo da protecção dos trabalhado­res migrantes.

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