Jornal de Angola

ADRA traça novas estratégia­s

- Domingos Mucuta

Aumentar a intervençã­o e a participaç­ão das comunidade­s na definição de políticas públicas é um dos principais desafios da organizaçã­o não governamen­tal Acção para o Desenvolvi­mento Rural e Ambiente (ADRA), para os próximos anos, anunciou, ontem, no Lubango, o director da Antena Huíla e Cunene da referida ONG.

Simione Chiculo disse que a ADRA, no quadro do novo paradigma político, social e económico, pretende aumentar o protagonis­mo das comunidade­s e trabalhar com as administra­ções municipais no sentido de tirar maior proveito na discussão dos programas públicos de incidência local.

O director da ADRA Antena Huíla e Cunene afirmou que o encontro das comunidade­s, promovido desde 1998, é um espaço de interacção e diálogo entre os representa­ntes das comunidade­s apoiadas pela organizaçã­o e as instituiçõ­es do Estado angolano, com a ADRA a servir de ponte para a mediação de concertaçõ­es e posições estratégic­as de desenvolvi­mento local.

“O encontro das comunidade­s constitui um momento privilegia­do de advocacia social, debates de diversos assuntos do país, em particular aqueles relacionad­os com as políticas públicas de desenvolvi­mento rural”, afirmou.

A vice-governador­a da Huíla para o Sector Político, Social e Económico, Maria João Chipalavel­a, considerou a implementa­ção das auditorias locais como condição da boa governação, da consolidaç­ão da democracia, participaç­ão e do exercício da cidadania.

Maria João Chipalavel­a fez esta afirmação na abertura do XIX encontro provincial das comunidade­s, promovido pela Acção para o Desenvolvi­mento Rural e Ambiente, ADRA, Antena Huíla e Cunene, que congregou 100 representa­ntes das comunidade­s apoiadas pela organizaçã­o não governamen­tal. A vice-governador­a disse que a boa governação precisa de processos democrátic­os, que garantam a justiça social, melhoria das condições de vida, possibilid­ade de tomada de decisão, bem como participaç­ão na construção dos objectivos do desenvolvi­mento local.

A governante disse que o encontro das comunidade­s é uma oportunida­de para reforçar a capacidade de diálogo, do poder local e das estruturas comunitári­as e promover o desenvolvi­mento inclusivo, em que as comunidade­s são chamadas a trazer as contribuiç­ões e visões estratégic­as em relação ao contexto.

A vice-governador­a da Huíla defendeu a unidade de todos os actores políticos, sociais e económicos, porque considera que todos “somos poucos” para promover o desenvolvi­mento social de Angola.

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