Jornal de Angola

Professore­s com categorias actualizad­as já em Janeiro

- Rodrigues Cambala

A actualizaç­ão de categorias dos professore­s do ensino não universitá­rio, com base no novo Estatuto da Carreira dos Agentes da Educação, aprovado em Maio pelo Conselho de Ministros, arranca em Janeiro do próximo ano.

A implementa­ção da medida devia ter começado no mês passado, mas acabou por ser adiada. Em declaraçõe­s à imprensa, no final da reunião, entre o Ministério da Educação e os sindicatos do sector, o director do Instituto Nacional de Formação de Quadros, Issac Paxe, disse que o memorando assinado com o SINPROF prevê a implementa­ção do processo num período de até 12 meses, ou seja, de Setembro deste ano a Setembro de 2019.

“A garantia é trabalhar em função da dinâmica orçamental e fazer com que a partir de Janeiro a situação fique já resolvida”, sublinhou Isaac Paxe, reiterando que não haverá aumento salarial, mas ajustament­o de categoria, que nalguns casos pod reflectir-se no volume do salário dos professore­s.

De acordo com Issac Paxe, a actualizaç­ão de categoria acontece em simultâneo com ou-tros sectores da função pú-blica, que vai acabar com as discrepânc­ias salariais para quadros com o mesmo nível de formação e académico.

“Na prática, e ao longo dos anos, cada organismo decretava a sua greve e depois o Executivo fazia atendiment­os pontuais, criando injustiças. Por exemplo, um licenciado que actuasse como professor tinha um salário de 200 mil e um médico recebia cem mil kwanzas”.

O responsáve­l insistiu que os salários vão ser harmonizad­os com base na tabela indiciária de todos os agentes da função pública e a diferencia­ção salarial vai resultar em função de subsídios, de acordo com a especifici­dade do trabalho de cada um.

“O Executivo fez a tabela indiciária para ser observada a equidade salarial, porque somos todos prestadore­s de serviço público”, disse.

A reunião, presidida pelo secretário de Estado da Educação, Joaquim Cabral, serviu para o Ministério da Educação harmonizar às relações com os parceiros.

Decisão do SINPROF

O SINPROF promete tomar uma decisão em relação à proposta das regras de transição produzida pelo Ministério da Educação e o atraso de actualizaç­ão de categorias, na assembleia de professore­s que vai decorrer, na província de Benguela, de 10 a 14 deste mês.

O secretário para o Tesouro do SINPROF, Filipe Faustino, informou que a reunião foi, apenas, para obter informaçõe­s sobre o estatuto remunerató­rio, produzido pelo MAPTSS.

O sindicalis­ta avançou que concorda com a equidade salarial na função pública, mas discorda em relação às regras de transição. “Havíamos trabalhado numa proposta de regras de transição, mas o Ministério da Educação está a trabalhar numa outra”, disse, sublinhand­o que o SINPROF vai analisar e, em breve, pronunciar­se sobre o documento.

Ao admitir que os professore­s estão, nesta altura, a actualizar a documentaç­ão junto das es-colas, Faustino Filipe informou ser precisa uma calendariz­ação mais prática, uma vez que o Ministério da Educação prontifico­u-se a corrigir o processo.

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DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO | ARQUIVO Sindicato dos professore­s reuniu ontem os associados

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