Plano de Contingência para combater a dengue
O Ministério da Saúde confirma o registo de onze novos casos de dengue no país, com complicações hemorrágicas, em pacientes com idades entre os três e 13 anos. Para inverter o quadro, anunciou a implementação imediata de um Plano de Contingência. A estratégia, segundo um comunicado, tem como metas a “redução do índice de infestação por mosquitos abaixo de 1 por cento, em zonas de grande densidade populacional e com saneamento básico precário, capacitar 95 por cento dos profissionais da Saúde da rede sanitária primária e secundária no diagnóstico diferencial (clínico e laboratorial) e manuseamento de doentes com síndrome febril agudo e garantir a taxa de letalidade por dengue inferior a 1 por cento”.
O Ministério da Saúde anunciou, ontem, em Luanda, a implementação imediata de um Plano de Contingência para o Controlo do Vírus da Dengue, depois de ter registado 11 casos, no Hospital Pediátrico David Bernardino, com duas mortes.
Num comunicado, o Ministério confirma que, desde o dia 1, no país, foram registados oito novos casos de dengue, pelo Hospital Pediátrico David Bernardino, em pacientes com idades entre os 3 e 13 anos.
O Plano de Contingência tem como metas a “redução do índice de infestação por mosquitos abaixo de 1 por cento, em zonas de grande densidade populacional e com saneamento básico precário; capacitar em 95 por cento os profissionais da Saúde da rede primária e secundária no diagnóstico diferencial (clínico e laboratorial) e manuseamento de doentes com síndrome febril agudo e garantir a taxa de letalidade por dengue inferior a 1 por cento”.
Constam ainda do Plano a implementação de medidas de Saúde Pública de emergência, para reduzir a morbilidade e mortalidade e a transmissão do vírus da dengue na população, minimizando, ao máximo, o impacto sócio-económico da epidemia em Angola, bem como a intensificação e detecção precoce de casos.
O Ministério da Saúde aposta ainda na notificação, transferência oportuna e seguimento de eventuais casos e famílias afectadas, a intensificação e o controlo vectorial, através do manuseamento integrado de vectores, incluindo a luta anti-vectorial com a participação da comunidade, além da implementação da vigilância epidemiológica.
O Ministério da Saúde accionou a sua estrutura de coordenação adequada e canais de comunicação para facilitar o Plano de Resposta e de Contingência através da Comissão Interministerial de Resposta às Epidemias, do qual fazem parte as Direcções Provinciais de Saúde, Direcções Municipais de Saúde, que devem promover a integração das actividades de controlo do surto nas unidades sanitárias, agentes comunitários e autoridades tradicionais.
A dengue é uma doença febril aguda, que pode ser de curso benigno ou grave, dependendo da forma como se apresenta. É caso suspeito quando a pessoa tem febre aguda com duração de 2-7 dias ou mais dos sintomas: cefaleia (dor de cabeça), dor na órbita (retro orbital), mialgia (dores musculares em todo corpo), artralgia (dores nas articulações), exantema (borbulhas pelo corpo) e manifestações hemorrágicas. Em lactentes, sono, irritabilidade e choro podem caracterizar a doença.
O Ministério da Saúde propõe-se capacitar e formar os agentes locais, através da aplicação da abordagem de saneamento total por via do envolvimento das lideranças da comunidade e das escolas, por meio da organização das comissões locais de saneamento ambiental para o controlo das questões ambientais e a monitorização das acções.