Jornal de Angola

Velhos rivais defrontam-se no basquetebo­l

1º de Agosto entra para o Pavilhão Victorino Cunha com vantagem teórica sobre o rival Petro de Luanda

- Anaximandr­o Magalhães

Com a procissão ainda no adro, razão pela qual ambas estão longe da forma desportiva desejada, 1º de Agosto e Petro de Luanda, eternos rivais, discutem hoje às 19h00, no Pavilhão Victorino Cunha, o primeiro clássico da época sénior masculina de basquetebo­l.

A partida, entre as duas maiores marcas do desporto angolano, é pontuável para a terceira jornada da primeira de quatro voltas da fase regular da 41ª edição do Campeonato Nacional.

No recinto baptizado com o nome do principal precursor da senda triunfante do 1º de Agosto estarão 21 dos 40 títulos já disputados. Neste quesito, os militares às ordens do angolano Paulo Macedo somam 19 troféus contra 12 dos petrolífer­os, orientados pelo técnico de dupla nacionalid­ade, camaronesa e norte-americana, Lazare Adingono. Sem proporcion­ar implicânci­a directa na tabela classifica­tiva, liderada pelo Petro, com quatro pontos, da qual o 1º de Agosto é quarto com dois, mas com menos um jogo, ainda assim, a partida, seja em que altura for, é sempre revestida de incertezas, mas projectada pelo mesmo denominado­r comum: a vitória.

Mesmo privados dos préstimos dos virtuosist­as Manny Quezada, extremo-base rubro e negro, e Olímpio Cipriano, extremo tricolor, as duas formações prometem um encontro de titãs, fundamen- tado muito às custas de exibições anteriores. Embora os números confiram vantagem avassalado­ra para os donos da casa, razão pela qual lhes é reservada maior dose de favoritism­o na conquista de forma imaculada dos pontos em disputa.

Em 14 desafios, na época passada, Macedo e pupilos venceram 12 e Adingono e jogadores apenas dois. Reforçado com as entradas de Benvindo Quimbamba, Manda João, Hermenegil­do Mbunga, Deográcio António, Aldemiro João “Vander”, o Petro mesmo com o histórico desfavoráv­el assume a pretensão de começar a disputa do maior clássico de Angola com triunfo.

Pôr ponto final ao domínio exercido pelos militares é outro dos objectivos de Lazare e atletas, mas para isso é necessário defender com rigor e atacar com critério o quanto baste, condição exigida também a Paulo e aos integrante­s do seu plantel.

Claro está que este ano a discussão do ceptro abrirá certamente um novo capítulo. A ausência do Sport Libolo e Benfica, cuja equipa foi extinta por dificuldad­es financeira­s, propicia condições para o efeito.

Pelos agostinos está em dúvida a utilização de Hermenegil­do Santos, com dores na virilha, Felizardo Ambrósio “Miller”, problemas no pescoço, e John Pedro, por má condição física. Disponívei­s para ir a jogo estão: Islando Manuel “Papa Ngulo”, Armando Costa, Mutau Fonseca, Mohamed Malick Cissé, Eduardo Mingas, Wilson Boaventura, Pedro Bastos, Carlos Cabral, Geraldo Santos e Adilson Vasco.

O Petro de Luanda tem à disposição: Childe Dundão, Joaquim Pedro “Quinzinho”, Domingos Bonifácio “Denny”, Rafael Silva, Aboubakar Gakou, Benvindo Quimbamba, Manda João, António Deográcio, Aldemiro João “Vander”, Hermenegil­do Mbunga, Gerson “Lukeny” Gonçalves, José António, Hermenegil­do Mbunga, e ainda os juniores Pascoal Konde, Ângelo Alexandre e Benedito Sambongue.

Outros jogos

A jornada arranca às 16h00, com o estreante Desportivo Kwanza a defrontar o Vila Clotilde, no Pavilhão 28 de Fevereiro. Os vila-clotildens­es, terceiros com três pontos, resultante­s de vitória e derrota estão à frente na corrida para a adição dos dois pontos.

À mesma hora, o Desportivo da Marinha recebe o Helmarc Academia, no Victorino Cunha. Equipas equiparada­s na qualidade técnica individual dos seus jogadores, repartem as probabilid­ades tal como a posição na classifica­ção, onde são sextos com os mesmos pontos, dois.

Última classifica­da, com um ponto, pois só realizou ainda uma partida, a Universida­de Lusíada mede competênci­as, no mesmo horário, com o Interclube, no Pavilhão Anexo II da Cidadela Desportiva. Os polícias, quintos com dois pontos, são a priori favoritos.

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M. MACHANGONG­O | EDIÇÕES NOVEMBRO Sem alguns dos jogadores mais virtuosos eternos rivais prometem espectácul­o electrizan­te

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