Lumumbistas deixam a maioria presidencial
O Partido Lumumbista Unificado (PALU) e os seus aliados abandonaram a coligação da Maioria Presidencial no poder, reafirmando a sua autonomia e a sua independência, anunciou o seu segundo vice-presidente, Henri Thomas Lokondo.
Em declaração publicada quarta-feira, o PALU e os seus aliados saudaram a publicação da lista definitiva dos candidatos às eleições presidenciais e legislativas, feita pela Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), mas deplora a invalidação da candidatura do presidente do Partido Antoine Gizenga Funji.
Para o efeito, o partido mais antigo da RDC diz que vai às eleições de forma autónoma e independente, sem apoiar o candidato designado pelo Presidente Kabila.
O PALU ficou ligado durante 12 anos à Maioria Presidencial por meio de um acordo político e considera ter sido abusado pelo facto de a coligação não ter apoiado a sua candidatura presidencial de 2018.
A formação política acusa a Maioria Presidencial de “traição”, depois da invalidação da candidatura de Antoine Gizenga Funji.
Relativamente ao sistema de votação electrónica, o PALU diz constatar uma falta de consenso e recomenda à CENI que continue o diálogo com as diferentes partes, para dissipar as desconfianças.
O PALU foi fundado em Setembro de 1964, por Antoine Gizenga Funji, actualmente com 94 anos de idade, um antigo vice-primeiro-ministro no primeiro Governo de Patrice Lumumba, saído da Independência, a 30 de Junho de 1960.