Lula da Silva impedido de votar
A Justiça brasileira negou ontem um novo recurso do ex-Presidente Lula da Silva, preso por corrupção, que pedia para votar nas eleições de domingo, informou o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná.
A defesa do líder do Partido dos Trabalhadores (PT) recorreu para aquele órgão, o qual destacou que é “tecnicamente impossível” instalar urnas na sede da Polícia Federal, na cidade de Curitiba, onde Lula da Silva está preso, a cumprir pena, desde Abril.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estabelece um número mínimo de 20 eleitores para a instalação de urnas nas prisões do Brasil, que no domingo realiza eleições presidenciais, legislativas e regionais.
Na decisão, o juiz Jean Leeck reconheceu que Lula da Silva tem o direito de votar, já que no Brasil esse poder só é suspenso quando a pessoa condenada tenha esgotado todos os recursos em níveis mais elevados - o que não é o caso -, mas destacou o problema “técnico” da falta de eleitores. O ex-Presidente foi condenado a 12 anos e um mês de prisão pela prática de crimes de branqueamento de capitais e corrupção passiva, num processo referente a um apartamento de luxo que teria recebido como suborno pela construtora OAS, em troca de favores em contratos desta empresa com a estatal petrolífera Petrobras.
Lula da Silva foi preso em Abril passado e está numa cela especial de uma unidade da Polícia Federal, tendo alguns benefícios, como a autorização de receber visitas semanais de personalidades e correligionários, principalmente o seu sucessor político, o candidato à Presidência do Brasil pelo PT, Fernando Haddad. Haddad ocupa o segundo lugar nas sondagens com 21 por cento das intenções de voto, 11 pontos percentuais abaixo do candidato de extremadireita, Jair Bolsonaro, que lidera a corrida com 32 por cento das intenções de voto. Últimas pesquisas apontam empate técnico entre os dois candidatos para uma possível segunda volta, agendada para 28 de Outubro.
KHAMENEI PROMETE ULTRAPASSAR AS SANÇÕES DOS ESTADOS UNIDOS I
O guia supremo iraniano, Ayatollah Ali Khamenei, disse ontem que nunca vai permitir que o Irão seja entregue aos inimigos e prometeu “derrotar” as novas sanções impostas pelos Estados Unidos. Khamenei, que discursava em Teerão para milhares de membros da milícia de voluntários Basij, disse ter ouvido o Presidente norte-americano, Donald Trump, dizer a líderes europeus que o Irão iria colapsar em breve devido às sanções, mas assegurou que isso não acontecerá. Na quarta-feira, o Tribunal Internacional de Justiça, das Nações Unidas, ordenou aos Estados Unidos que suspendam as novas sanções impostas à importação pelo Irão de produtos “com fins humanitários.”
ESPANHA DESMANTELADA REDE DE TRAFICANTES DE SERES HUMANOS EM MELILLA
A Guarda Civil espanhola desmantelou em Melilla uma organização dedicada ao tráfico de seres humanos que permitiu a entrada irregular em Espanha de cerca de 200 migrantes escondidos em fundos falsos de veículos, anunciou ontem a referida Polícia.
A Polícia desenvolveu a última fase da operação Azhira na semana passada e deteve três pessoas de nacionalidade marroquina, consideradas como os membros mais importantes da organização, informou a Guarda Civil numa nota de imprensa, citada pela EFE. Com esta operação, dirigida pelo Tribunal de Instrução número 2 de Melilla, a Guarda Civil dá por concluído o desmantelamento da rede, depois da detenção de 52 pessoas de nacionalidade marroquina desde Janeiro de 2017.
PRESIDÊNCIA DO VIETNAME NOMEADO CANDIDATO PARA SUCEDER A QUANG
O Partido Comunista do Vietname, no poder, nomeou o secretário-geral como candidato único à Presidência do país, sucedendo ao Presidente Tran Dai Quang, que morreu no mês passado. De acordo com um comunicado do Governo vietnamita, publicado no site oficial, na quarta-feira à noite, os membros do Comité Central do partido decidiram, por unanimidade, nomear Nguyen Phu Trong para o cargo.
Se a nomeação for aprovada pela Assembleia Nacional vietnamita, Trong, de 74 anos, vai ser o primeiro líder do Vietname a ocupar os dois cargos desde o antigo Presidente Ho Chi Minh, nos anos 1960.
O ex-Chefe de Estado vietnamita, Tran Dai Quang, de 61 anos, morreu em Setembro, na sequência de uma doença viral.