“Ele Não” é liderado por mulheres
No Brasil, o instituto de pesquisa da opinião pública Ibope referia na segunda-feira que a popularidade de Jair Bolsonaro continua a crescer, sobretudo após o atentado à facada sofrido a 6 de Setembro. De acordo com as projecções, o candidato viu as intenções de voto a seu favor subirem para 31 por cento, naquela que foi considerada a pior semana da sua campanha desde o ataque.
Tudo porque na imprensa brasileira tem aumentado as matérias negativas a Bolsonaro, ao mesmo tempo que, na rua, crescem os protestos em todas as cidades, liderados principalmente por mulheres, gritando “Ele Não”.
Curioso é que, apesar de todas as controvérsias que cria com as suas declarações racistas, xenófobas e sexistas, contra os pobres, a favor do armamento da população e privatização de empresas públicas, Jair Bolsonaro tem visto manifestar-se a seu favor algumas figuras públicas no Brasil, como os cantores Gustavo Lima, Eduardo Costa, Amado Batista e André Valadão e o jogador de futebol Felipe Melo.
Analistas políticos explicam a popularidade de Bolsonaro com o clima de incertezas que se vive no Brasil, devido à corrupção generalizada, atribuída, em grande medida, à gestão do PT e ao clima de insegurança, sobretudo, nas grandes cidades.
A esperança de muitos é que, ao ser arrastado para uma segunda volta nas eleições, Bolsonaro acabe derrotado, já que, como os cenários apontam, ele perderia para qualquer dos candidatos.