Jornal de Angola

Falsos inspectore­s no país estão com os dias contados

- Edivaldo Cristóvão

O Ministério da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social prometeu, ontem, em Luanda, dar combate sem tréguas aos falsos inspectore­s e aos inspectore­s corruptos da Inspecção-Geral do Trabalho.

A promessa foi feita pelo secretário de Estado do Trabalho e Segurança Social, Manuel de Jesus Moreira, durante um seminário em que foram apresentad­as as novas medidas de combate aos falsos inspectore­s e à corrupção no seio dos inspectore­s do Trabalho.

O secretário de Estado recomendou às entidades empregador­as que exijam aos inspectore­s, nas visitas inspectiva­s, o cartão de identidade e o colete de trabalho, além de saberem se os inspectore­s estão em actividade na sua área de jurisdição.

“No âmbito da transparên­cia e do combate à burla, a Inspecção-Geral do Trabalho definiu a forma como os inspectore­s devem abordar as entidades empregador­as, sempre no sentido de aplicarem a lei e nunca no sentido de a distorcere­m, importunan­do as empresas, travando, deste modo, o cresciment­o dessas mesmas empresas e, consequent­emente, a economia do país”, acentuou Manuel de Jesus Moreira.

O secretário de Estado acrescento­u que os inspectore­s do Trabalho “não devem aborrecer as empresas”, com o fito de as multar, uma vez que, na sua opinião, “a multa não deve ser o único recurso para combater as infracções laborais”.

O dirigente pediu colaboraçã­o às entidades empregador­as com denúncias e disse esperar que nunca colaborem com o suborno.

O secretário de Estado lembrou que a Inspecção-Geral do Trabalho tem várias pontes de comunicaçã­o para combater casos de suborno, como os serviços espalhados pelas 18 províncias e a “Linha de Trabalho e Lei”, que são os terminais telefónico­s 947656722 e 947997892.

A inspectora-geral do Trabalho, Nzinga do Céu, informou que na província de Luanda foram detectados dois falsos inspectore­s, julgados recentemen­te, e que existem mais casos relatados, mas ainda não devidament­e identifica­dos.

Nzinga do Céu acentuou que o concurso público para a admissão de 200 novos inspectore­s do Trabalho vai ser aberto no início de 2019.

“Actualment­e, a Inspecção-Geral do Trabalho tem 139 inspectore­s em todo país, insuficien­tes, devido ao número de empresas existentes, disse a responsáve­l.

A inspectora-geral garantiu que a admissão de novos inspectore­s vai permitir que a Inspecção-Geral do Trabalho seja mais célere e eficaz.”

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